sexta-feira, 28 de junho de 2024

26/06/2024

Eu amo ler.

Minhas filhas, ainda mais a mais nova (3 anos e meio), tem um super interesse por livros e eu tenho pensado na possibilidade de apoiar pessoalmente elas no processo de alfabetização.

Aí eu me lembrei que terminei o ano em que deveria ter sido alfabetizada sem realmente saber ler. Foi a minha mãe quem me ensinou, nas férias antes do próximo ano escolar, imagino que pra que eu estivesse mais preparada e não sofresse nada na escola no ano seguinte.

Me lembro de estar sentada com meu caderno junto à mesa da copa e ir pegando letrinhas de um pote de vidro que ela tinha deixado pronto pra mim. Ela fazendo coisas na cozinha - talvez comida, talvez lavando louça - enquanto me dava apoio e orientações.

Faz tempo que eu lembro disso, mas, hoje, pensar nisso me chocou. Me peguei reconhecendo de novo o quanto ela era foda e aumentando ainda mais minha admiração. 

Plenos anos 90, mãe solo de 3 garotas em idades muito diferentes, trabalhando fora, super ativa na organização budista da qual participamos (BSGI), numa época sem internet pra dar ideias e facilitar a aquisição de conhecimentos, ela tava lá me ensinando a ler em dois meses de uma forma que a escola não conseguiu ao longo de um ano.

O amor pela leitura veio da minha avó materna e preencheu o coração e a vida da minha mãe. Mesmo depois de perder a visão total de um olho e parcial do outro, ela insistia em ler, aprender e se transportar a outras vivências por meio das palavras.

Várias vezes ao longo das nossas vidas ela me falou que desejava que nós aprendêssemos a amar aos livros e aos estudos como ela tinha aprendido com minha avó. E sempre nos deixou cercada deles. Nós três aprendemos e amamos, realmente.


Usei minha mini impressora à calor para imprimir essas fotinhas e elas estão coladas na lateral da minha mesa de trabalho.

Eu às vezes me sinto muito sozinha no mundo e ter essas pessoas que eu amo junto comigo, mesmo que em impressões de qualidade meio questionável, aquece meu coração.

Aplaca a saudade um pouquinho e me sinto com mais força e coragem pra seguir em frente vida à fora.  

Agora é respirar fundo, arregaçar as mangas e buscar informações. O mundo da leitura é incrível demais pras minhas crias não terem acesso a ele. 💖

segunda-feira, 3 de junho de 2024

Suzume no Tojimari

Fonte do wallpaper

As vezes as coisas me chamam. Não sei bem explicar o porquê.

Meses atrás vi nas sugestões do Youtube Music a capa de Suzume (RADWIMPS part. Toaka) e fui atraída imediatamente. Ouvi a música e me senti arrebatada. Era absolutamente tocante, reverberava com algo dentro de mim que eu não sabia nominar. 

Se tornou imediatamente uma das minhas músicas favoritas e passou a ser um refúgio. É, até agora, a música que uso para dormir quando preciso de ajuda pra acalmar a mente e também a escolhida das minhas filhas pra adormecer.

Hoje finalmente assisti o filme ao qual essa música pertence. 

Ele falou pra mim sobre luto. Sobre coragem e esperança. 
Sobre lembrar que "o inverno nunca falha em se tornar primavera", como Ikeda sensei sempre citava de Nichiren Daishonin. 

Que a noite de imensa dor que possamos estar atravessando (como a perda de um ente querido), por mais que pareça eterna e infinita, vai se tranformar em um dia luminoso outra vez. E vamos nos banhar e nos fortalecer nessa luz e afeto que está à nossa volta mas que também vem de dentro de nós.

Com essa obra eu sorri, me preocupei, chorei profundamente. Vi afetos se contruírem, coragem se descortinar, feridas abertas serem compreendidas e cuidadas. 

Nem preciso dizer que recomendo imensamente o filme, né? 


Suzume - Trailer oficial

 
Suzume - Trailer oficial 2

Assisti pelo Crunchyroll e deixo aqui a sinopse que eles compartilharam:

O mais novo filme de Makoto Shinkai, Suzume, estreia dia 13 de abril de 2023 nos cinemas brasileiros! 

🚪 Sinopse: "Do outro lado da porta, havia o tempo em toda sua existência...

A jornada da jovem Suzume de 17 anos começa na pacata cidade de Kyushu quando ela se encontra com um jovem que diz a ela o seguinte: “Estou procurando por uma porta”. O que Suzume encontra é uma única porta desgastada em pé no meio de ruínas, como se estivesse protegida de qualquer catástrofe. Aparentemente hipnotizada por seu poder, Suzume alcança a maçaneta… Portas começam a abrir por todo o Japão, causando destruição a qualquer um que esteja perto delas. Suzume precisa fechar esses portais para evitar que o desastre se alastre.
  
As estrelas, o pôr-do-sol, o céu da manhã...

Dentro daquele reino, é como se todo o tempo estivesse espalhado no céu... Cenários, encontros e despedidas nunca antes vistos... Uma infinidade de desafios aguardam Suzume em sua jornada. Apesar de todos os obstáculos em seu caminho, a aventura de Suzume lança um raio de esperança sobre nossas próprias lutas contra as estradas mais difíceis de ansiedade e constrangimentos que compõem a vida cotidiana. Esta história de portas fechadas que conectam nosso passado ao presente e futuro deixará uma impressão duradoura em todos os nossos corações