domingo, 11 de fevereiro de 2024

Compilado de Leituras - 2022 e 2023

Eu esqueço muito das coisas então gosto sempre de ir anotando coisas que são legais e/ou importantes pra mim. No futuro eu encontro as anotações e fico com o coração quentinho ao rememorar.

Esse compilado serve pra isso também. E pra deixar sugestões de leitura pra alguém que queira dar uma olhada.

Vou colocar uns links da Amazon (alguns pela Loja Skeelo) pra maiores informações porque muitos leio pelo Kindle Unlimited, mas dá pra achar em inúmeros outros lugares a maioria desses livros. Skeelo e Kindle são minha maiores fontes de livros atualmente. 

Eu planejava ser mais detalhista sobre cada um, mas me encontrei exausta já depois dos primeiros, então muitos vão ser basicamente só título/autorie. Também não estão na ordem em que li. Na verdade nem sei bem que tipo de ordem foi essa que eu arrumei 😂 Bora lá!

De 2022 eu quase não li e também pouco anotei, mas me lembro de 3:

  • "Luzes do Norte" de Giulianna Domingues. Se tornou um favorito! Aconselho muito. Foi a primeira vez que li romantasia e também a primeira vez que li sobre um casal queer. Foi um divisor de águas e esse estilo se tornou meu lugar de conforto e refúgio na literatura.

Em 2023 eu voltei a ler bastante (principalmente no segundo semestre), então a lista é bem maior rsrs
  • Vou começar com a série que li em dezembro e amei: "The Bonds that Tie" (6 livros) de J. Bree. Quero já avisar que são livros que tratam de temas bastante pesados e tem menções e cenas explícitas de muitas coisas (sexo, violência, tortura física e psicológica, pedofilia, etc...) então eu aconselharia para maiores de 18 anos. Além de todas as coisas pesadas tem muito desenvolvimento dos personagens, de laços afetivos, de habilidades individuais e enquanto grupo entre tantas outras coisas - e foram justamente esses aspectos que me apaixonaram. Acho que dá pra classificar eles em romantasia também, mas não tenho certeza. Li todos em Inglês mas, ouvi dizer que existe tradução pelo menos os dois primeiros. Não quero dar spoiler então paro por aqui. Apenas vou colocar as capas porque acho elas maravilhosas:

  
  


  •  Terminei "Estado de graça" de Ann Pachet. Comecei anos antes mas já tinha muito tempo que não o lia. Foi o único livro físico que terminei no ano. No fim das contas me dei muito bem com o rolê da leitura digital.
  • "Quando o sol voltar" de Olivia Pillar. Sobre se cuidar, nutrir afeto e ousar esperançar num período recente super difícil aqui no Brasil. Recomendo muito. 💛 
  • "Isso não é um conto de fadas" de I. K. Prado. Foi uma leitura que me fez muito bem também. Me senti abraçada por alguém que também na busca por não se perder de suas paixões em produção criativa. 
  • "Quinze Dias" de Vitor Martins. Vou resumir em: coração quentinho e refúgio na leitura! 💚
  • Ouvi "Carmilla" de J. Sheridan Le Fanu. Até então não tinha dado muitas chances para os audiobooks e esse foi uma boa abertura pra isso! Infelizmente não consegui achar link para o que ouvi, mas foi o que ganhei na Skeelo. Recomendo.
  • "Fanfics de uma quarta-feira à noite" de Camila Pelegrini. Me apaixonei pela escrita de Camila e tem alguns livros dela nessa minha lista rsrs Não consegui achar link externo pra vários dos livros dela, mas li/ouvi todos pelo Skeelo.
  • "Ladeira abaixo" de Aimee Oliveira. Gostei também.
  • Ouvi "Menu a dois" de Camila Pelegrini. Divertido!
  • "Para sempre seu" de Júlia Braga. Este foi uma surpresa e tanto. Algo me disse pra ler esse livro, um impulso que eu não soube bem explicar. A gente pensa que vai ser um romance clichê por causa do começo e as coisas caminham pra um lugar que, infelizmente, eu consegui me identificar um bocado. Não quero dar spoiler, apenas recomendo demais! 
  • "Um pressentimento funesto: Um caso de Tommy e Tuppence" de Agatha Christie. Tive um pouco de dificuldade de engatar nesse mas insisti e foi um final muito surpreendente.
  • "O grande deus Pã" de Arthur Machen. Este, Um pressentimento funesto e Uma virtude mortal eu li por incentivo da Maratona Skeeloween. Foi uma experiência interessante porque os dois primeiros eu provavelmente não escolheria ler por conta própria.
  • "Clave de dó" de Camila Pelegrini. Também via Skeelo!
  •  "Meu babaca favorito" de Camila Pelegrini. 💚
  • Ouvi "Papai Noel ao avesso" de Meredith Nicholson. Foi peculiar e divertido. Outro que eu não pensaria, por conta própria, em tentar, mas animei no evento de Natal da Skeelo.

Ok \o/

Fazer essa postagem foi uma jornada bem mais cansativa do que eu pensei que seria. Nos meus devaneios iniciais, eu planejava colocar as capas de todos os livros mas, logo percebi que ia ser trampo demais pro momento. 

Acredito que li mais alguma coisa no primeiro semestre... Só que, como não estava anotando ainda, se perdeu.

Descobri que muitas vezes não guardo na memória os nomes dos livros/autories/personagens/lugares, mas as sensações que a história me causou permanecem comigo. Por isso acho tão legal anotar e rememorar depois. Assim como escrever minhas impressões na hora em que termino de ler. 

Essas eu ainda não decidi se compartilho ou não porque, em geral, são reflexões muito pessoais sobre minhas experiências de vida que foram despertadas pelos livros - não são resenhas. Quem sabe eu decido compartilhar, né?

Obs: Listei apenas as coisas que li por diversão e terminei. Leituras divertidas ainda por terminar ou artigos e outros textos acadêmicos que finalizei em 2023 não estão aqui.

Até mais 😉


Fonte das imagens: amazon.com.br 

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Leituras

Eu tinha pensado em não escrever sobre isso no momento mas, o desejo foi maior e eu tenho como um dos meus objetivos para 2024 o de respeitar mais meus desejos, além de cuidar mais de mim e das minhas necessidades. 

Essa introdução meio estranha se refere  um hábito que eu iniciei no ano passado de registrar meus sentimentos e pensamentos ao final da leitura/escuta de livros.

Em 2023 voltei a ler por prazer e esse reencontro foi muito feliz! Talvez eu publique aqui as imprssões mais marcantes das leituras do ano passado. Estou pensando a respeito.

Hoje, terminei o livro "Aurora e Fryda" de Marina Rezende. A princípio ele me chamou atenção pelo título porque tenho uma ligação (não totalmente compreensível ainda pra mim) com auroras. 

Na verdade, o livro que me trouxe de volta às leituras por prazer foi "Luzes do Norte" de Giu Domingues. Com sua capa repleta de auroras boreais/austrais ele gritou por mim e eu ouvi. Dimitria Coromandel é tudo o que eu sempre quis para minha personagem de D&D de mesa, Tarnélia Triptus. Enquanto guerreira, enquanto ser humano. Aurora van Vintermer representa mais a mim, Emília, com a maneira com que busco me colocar diante da vida e das pessoas. Minha maneira de ver e agir na vida.

Luzes do Norte foi minha primeira leitura de romantasia LGBTQIAPN+ e me tomou inteiramente. Fantasia é meu estilo de literatura favorito desde que tenho memórias a respeito. Só que eu costumava meio que fugir de romances, então fui surpreendida por como essa mistura me arrebatou! Ainda mais enquanto pessoa que tem procurado abraçar e cuidar com mais carinho e respeito do fato de ser queer.

Com o passar dos meses e das leituras, os romances queer se tornaram meio que um refúgio pra mim. Um lugar de reconhecimento e aprendizado sobre meus afetos possíveis, sobre me enxergar com mais inteireza.

Aurora e Fryda falam sobre esse conhecer também. Sobre olhar pra relidade que se coloca à nossa frente e desejar um futuro diferente, mais liberto, mais sincero com nossa essência. Um futuro menos violento. É sobre abraçar a esperança e agir em prol dela, reconhecendo que o caminho pode ser desalentador muitas vezes mas, apesar disso seguir confiando na nossa capacidade de mudar o que está a nossa volta a partir da mudança que fazemos dentro da gente - assim como fala o Budismo de Nichiren Daishonin, pelo qual tenho tanto apreço.



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Leio muito digitalmente. Pensei que não me adaptaria a não ter os livros em mãos quando tentei pela primeira vez anos atrás. No fim das contas me apaixonei pela praticidade de ler em basicamente qualquer lugar/luminosidade e por poder "transportar" inúmeros títulos comigo (já que sempre começo vários ao mesmo tempo rsrs).   

Fiquei agora com vontade de fazer uma postagem compilando os livros que li em 2023 (pelo menos os que tenho registro/lembrança de ler lido). Gosto de listar as coisas porque minha memória não dura tanto tempo e revisitar os dados depois me faz feliz muitas vezes. Ou emocionada, ou me faz repensar escolhas e atualizar/renovar objetivos.

Provavelmente a próxima postagem vai ser sobre isso então.

Até lá.

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Fonte das imagens: anúncios dos respectivos livros no site amazon.com.br

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sábado, 6 de janeiro de 2024

Cantante 2 - covers meus

Comecei a escrever esta postagem em 02 de outubro de 2023 e tô conseguindo finalizar só agora... 😅

Já falei várias vezes sobre como cantar me afeta muito positivamente e no ano passado eu parei mais algumas vezes pra gravar uns covers. 

Vai aqui então o segundo compilado de Cantante.

Os quatro primeiros vídeos foram gravados em sequência no mesmo dia, 22 de junho de 2023. Eu estava meio doente, como de costume, com a garganta em condição meio precária e eu acho engraçado que dá pra perceber eu perdendo um pouco mais da voz a cada música. Mas é aquela coisa: se eu for esperar estar totalmente saudável pra fazer o que eu gosto, não vou fazer nunca. Então vai assim mesmo!

Gravei duas versões do meu trecho favorito de "Angel Pt. 1", originalmente interpretada por NLE Choppa, Kodak Black, Jimin do BTS, JVKE & Muni Long

Duas versões completas de "Lilith", originalmente de Halsey e Suga. Difícil a beça ter ar suficiente pro flow dessa música, mas a gente faz o que pode rsrs

E por último uma versão completa de "Penhasco2", originalmente interpretada por Luisa Sonza e Demi Lovato. Gravei essa em 1° de setembro de 2023. Quando ouvi essa música me senti extremante tocada pelas interpretações tão vicerais e potentes que ela tem. Mesmo sem saber direito a letra e, certamente, sem ter tanta capacidade e qualidade vocal quanto Luisa e Demi, eu senti a necessidade de cantar junto e cantei! 💗

Apesar de eu ter falado mais apenas sobre Penhasco2, as outras músicas também me afetaram bastante com suas interpretações e letras. Gosto demais das três e recomendo muito clicar nos intérpretes pra ir assistir aos originais, caso não conheçam ainda. 

Todos esses meus vídeos são nos moldes do chamado sing along karaoke, que é quando se canto junto das vozes originais e não apenas acompanhando a versão instrumental. A verdade é que minha base de memória são as vozes e tentar cantar sobre as versões instrumentais faz eu perder muito o ritmo da letra. Aí canto junto e sigo minha vida marotamente.

Fico feliz de abrir as postagens de 2024 com algo pelo que tenho afeto quanto cantar. Os vídeos são tomada única, sem nenhum tipo de edição e mega caseiros do jeito que eu sempre faço. Me representam bem e funcionam pro exercício de fazer registros e colocar a cara no mundo. 

Um abraço e feliz ano novo pra nós!


"Angel Pt. 1" versão 1

"Lilith" versão 1

"Angel Pt. 1" versão 2

"Lilith" versão 2

"Penhasco2"

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segunda-feira, 2 de outubro de 2023

ATEEZ PRESENT!!!

Aline e eu - minha cara entrega o cansaço, mas o coração tava feliz!

No meu encontro de vida com o K-pop acabei me apaixonando por alguns grupos, em especial o Ateez

As músicas, as letras, a paixão durante as performances, o quanto os caras parecem ser ótimas pessoas (pelo que podemos ver em entrevistas, shows, programas de variedade, vlogs, etc.), tudo isso foi me ganhando até eu precisar admitir que o Ateez é meu grupo musical favorito no momento.

Quando soube que eles fariam show no Brasil eu fiquei primeiro eufórica e em seguida pensei "Ok, não vou poder ir. Mas torço pra que seja ótimo, esgotem os ingressos e eles queiram voltar num futuro próximo, de preferência mais perto de onde eu moro", e segui minha vida com aquele pesarzinho no coração. Sinceramente não me via em condição de ir.

Encontrei a Aline um tempo depois e fui toda marota mostrar alguns clipes e performances do grupo pra ela, que também gostou muito, e comentei que ia rolar o show em SP. Ela que já tinha percebido o quanto gosto deles me ofereceu o ingresso de presente e eu fiquei até sem saber o que fazer na hora rsrs

No fim das contas fomos juntas e foi uma experiência fasntástica sob muitos aspectos! 

Houveram problemas em relação à produtora do evento com preços altos, filhas kilométricas com quase nenhuma sinalização/staff pra nos orientar, os portões abriram atrasados, a posição do palco B em relação a pista foi completamente diferente do mapa de venda dos ingressos (dá pra entrar com processo sobre propaganda enganosa ou algo do gênero, tamanha a disparidade), o palco não foi tão alto quanto precisava o que tornou basicamente impossível ver o grupo pra quem estava na pista (eu mesma basicamente só vi pelo telão), entre outras coisas. 

Mas o Ateez etregou tudo de si e mais um pouco. As apresentações foram maravilhosas, cantaram e dançaram demais, interagiram de maneira massa com o público. Todos eles são lindos pelas fotos/vídeos online, mas fiquei muito chocada de constatar o quanto o Hongjoong e o Yunho são ainda mais bonitos pessoalmente! rsrs

Nunca estive num show com uma energia tão incrível entre artistas e público. E nunca tive uma experiência tão fantástica em relação as pessoas que estavam ao meu redor: só tinha gente gentil, respeitosa e simpática dividindo aquele momento especial.  

O Jongho infelizmente não pôde participar por causa de uma lesão e foram vários os momentos emocionantes em que os membros do grupo falavam sobre ele e nós cantávamos as partes dele nas músicas, gritamos seu nome e torcemos muito pra que eles voltem logo e com a formação completa.

Confesso que meus olhos encheram de lágrimas quando rolou Aurora. Ela tem um lugar especial no meu coração e, apesar de não ser uma das músicas em que o Jogho tem seus vocais mais épicos, é uma em que a voz dele é especialmente importante pra mim.  

Acho que nunca cantei tanto, gritei tanto, dancei tanto no meu lugarzinho num show. Foi mágico poder presenciar as apresentações ao vivo. Foi mágico gritar em uníssono o high note do Jongho em Wonderland -  Symphony nº 9 e sentir o estádio todo tremer quando gritamos "break the wall" (e pulamos muito!) em Guerrilla com toda a potência que ainda existia nos nossos corpos.

Mesmo com todas as questões técnicas que vieram pra atrapalhar e a chuva que nos acompanhou desde as horas nas filas até o fim do show, foi realmente uma experiência INESQUECÍVEL com todas as letras.

Saí do show prometendo a mim mesma que começaria um cofrinho na semana seguinte porque no próximo show eu quero estar colada no palco - e tenho consiência de que vai ser bastante caro. ^.^'

A viagem foi ótima, revi pessoas que amo muito (e estava morrendo de saudades!), e passei momentos muito felizes com minha família. Mas, como aprendi a evitar fotos das crianças online, dessa parte não vai ter fotinhas aqui.

Na verdade, as únicas fotos que tirei no dia do show foram essa selfie com minha querida Aline e uma do palco antes do show começar. Quando iniciou, tudo o que eu queria era estar presente naquele momento, então guardei o celular e só peguei de volta quando tudo acabou. Eu sabia que outras pessoas filmariam e eu ia poder rever tudo depois rsrs


Turbulence - Ateez em São Paulo, 26/08/2023 
filmado pela Aline. 

No canal do YouTube  T-Amy TKSSO  existe uma  Playlist  com vários vídeos do show no Brasil. Vale muito a pena assistir <3

E tem alguns momentos bem especiais desse show registrados no TikTok:

- Nós gritando "ATEEZ PRESENT!" com o Hongjoong, vídeo de Iktobio;

- Atinys cobrindo o High note do Jongho em Wonderland, vídeo de Lay;

- O fanchant de "BREAK THE WALL" no Brasil, o maior que já se viu \o/ (até então, pelo menos), vídeo de mary anna;

- Compilado de momentos especiais/interações do show em São Paulo pro coração ficar quentinho, vídeo de Nath.  


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terça-feira, 1 de agosto de 2023

Agnes Nunes

 

AGNES - Terezinha (Prod. Serour , Neobeats) I Visualizer

Conheci Agnes pelo Spotify. Uma música dela foi sugerida automaticamente após outras coisas que eu estava ouvindo, fiquei encantada com a voz e decidi ouvir mais coisas.

E foi assim que conheci "Terezinha".

Sempre que ouço essa música eu choro. Felizmente hoje em dia a saudade da minha mãe já tem uma forma mais amigável, acompanhada de um coração quentinho, mas sigo sempre me emocionando bastante.

Eu entendo várias problemáticas que existem em deixar ativada a opção de ouvir as músicas sugeridas, mas é por pérolas como essas que eu não desativo. 


Inhotim em Cena 2021: Agnes Nunes na Galeria Rivane Neuenschwander

E aqui vejam Agnes em apresentação ao vivo com o musicista Ramon Calixto em Inhotim.

Essa apresentação é maravilhosa de tantas formas! A voz e o violão lindos, a visão sublime de Agnes neste azul, as projeções na galeria... 

Me toca muito e eu fico extremanente feliz com a oportunidade de experienciar a existência e o trabalho dessas pessoas.

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Saúde Mental: para além do diagnóstico (Mamilos Podcast)

 

Acesse o episódio AQUI

Ontem me indicaram e eu ouvi esse episódio do Mamilos.

Ele começou como alguém me pegar pelos ombros e sacudir com força pra depois terminar como um abraço quentinho que me ajudou a esperançar a vida.

A sensação de não-lugar que me habita desde sempre, de inadequação, de não pertencimento, teve um novo olhar aplicado sobre si depois de presenciar esse diálogo. E esperançar é algo essencial pra minha vivência.

O quentinho no coração de conseguir olhar, como o que parece ser pela primeira vez, pras minhas caracterírsticas pessoais, minhas estranhezas, minhas ferramentas de sobrevivência de uma perspectiva só minha. Despida do olhar carregado do que me parecem ser as expectativas das pessoas à minha volta, dos padrões desejados pelas redes sociais, das vozes alheias que por anos a fio habitaram minha mente.  

E, de repente, conseguir me perceber com os meus sentidos que estiveram esquecidos: aqueles que poderiam passar - com alegria - horas assistindo passarinhos existindo no quintal, vendo as nuvens percorrerem seu caminho, ouvindo o móbile de som mais lindo que já presenciei ressoar pela varanda da fazenda da minha avó enquanto sentia a brisa passando pelo meu corpo deitado na rede.

Me expressar artisticamente é ferramenta de sobrevivência psíquica, acho que já falei sobre isso algumas vezes aqui. Mas eu ainda assim me sentia deslocada fazendo. Seguia em frente sempre lutando contra as vozes internas que me falavam o quanto eu não era boa o suficiente pra isso. 

Ontem, depois do podcast, eu consegui sentir pela primeira vez o desejo de fazer minhas coisas com a leveza de não ser acompanhada por essas vozes. Sem a sensação física de peso sobre os ombros.

Pela primeira vez em nem sei quanto tempo, senti que eu não era "um objeto com defeito de fabricação". Sou apenas eu e, dessa vez conseguindo sentir isso genuinamente, tá tudo bem ser assim.

Escrevo isso ouvindo a voz encantadora de Agnes Nunes me nutrir por dentro. Vou falar um pouco sobre ela logo mais. 

Um abraço a quem, talvez, venha a ler isso!

Torço pra que vc se dê a oportunidade de ouvir esse cast também.

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