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Todo mundo vai embora.
E todos sabem disso.
Acho que estou começando a me acostumar com a idéia.
- 07.12.2010 -
Tchau vovó Luzia. Voe livre, e longe.
Ganhe o universo, ele é todo seu e você é toda ele.
"Today I'm gonna fly, there's nothing that can
keep me on the ground, touch the sky,
I'm free inside!"
Te amo, Emília.
08.12.2010
Este pequeno texto em itálico foi uma cartinha que eu escrevi e foi enterrada junto a minha avó.
Não li durante o velório e decidi colocar caso alguém da família, principalmente, quisesse conhecer.
Ela foi velada no dia 08.12 e seu novo endereço é Quadra 302 - Bloco E - nº 312, Cemitério Campo da Esperança em Taguatinga-DF.
A parte em inglês é o trecho de uma música do Lacuna Coil que se chama I Like it.
E, em tradução livre significa "Hoje eu vou voar / não há nada que consiga me manter no chão / tocar o céu / Eu estou livre por dentro!" Assim como minha vó agora está livre por dentro para voar aonde quiser.
Foi bem difícil vê-la no caixão.
Não mais difícil do ver ele sendo fechado. Tive uma sensação de "precisar abandonar" muito forte nesse momento. E uma estranha sensação de conforto quando ela foi de fato enterrada e a lápide foi posicionada, como se ela me dissesse "Acabou agora. Eu estou bem. O que você está vendo é só a minha lembrança. Vocês não precisam sofrer mais, devem seguir em frente".
Durante o velório, conversando com meu pai, eu descobri que, na verdade, ela morreu no dia 06 a tarde e não na madrugada do dia 07 como eu pensava. Apenas um problema de comunicação.
Mas sabe, ela se foi aos 79 anos. Viveu bastante, foi feliz, sofreu, e ajudou incondicionalmente muitas pessoas. Ela tinha defeitos e qualidades como qualquer pessoa, mas uma generoside que era ponto alto de sua figura e que sempre será lembrada. Eu quero me lembrar, sempre.
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