sábado, 28 de janeiro de 2012

O Diário de Suzana para Nicolas


(...) Hoje aconteceu uma coisa no hospital que me fez pensar no seu parto.
Uma mulher de 41 anos de Nova York estava passando as férias aqui e teve de ser levada às pressas para o hospital. Estava no sétimo mês de gravidez e nada bem. Ela teve hemorragia. Foi uma correria na emergência. A mulher acabou perdendo o bebê, foi terrível, e eu precisei tentar consolá-la.
Você deve estar se perguntando por que estou escrevendo sobre isso. Eu mesma pensei duas vezes antes de lhe contar essa história triste.
Mas ela fez com que eu me desse conta, mais do que nunca, de quanto somos vulneráveis, de como viver pode ser igual a andar na corda bamba: um  passo em falso e cimos. O simples fato de ver aquela pobre mulher hoje e de me lembrar de quanto temos sorte me deixou sem ar.
Ah, Nicky, às vezes eu gostaria de poder guardar você em um lugar seguro, como uma relíquia preciosa. Mas o que é a vida se não a vivermos? Acho que sei bem disso.
Lembro-me de um ditado que minha avó costumava usar: um hoje vale dois amanhãs.
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Trecho do livro de James Patterson (págs. 142-143, edição de 2011 da Editora Arqueiro).

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Esse livro é simplesmente encantador e me fez chorar em pleno ônibus - indo para o trabalho - com seu final marcante. Mas é na verdade uma leitura muito doce e leve, super aconselho! 
Os personagens são bastante carismáticos e humanos. É quase como conversar com uma amiga de longa data.
E de uma maneira bastante incomum, é um livro que tem muitas áreas de respiração. Espaços em branco que permitem, pelo menos para mim, interiorizar o que foi lido e tornam o ato de ler ainda mais agradável.
Me lembra o livro A Menina que Roubava Livros (de Markus Zusak, edição de 2007) que tem também uma maneira de dispôr visualmente as palavras que me agrada profundamente. 

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Sério que a última vez que eu postei foi em 19 de dezembro de 2011? Nossa, como passou rápido! rs

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