quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Desenhos

 Consegui fazer alguns desenhos/escritas ao longo dos últimos meses mas não estava conseguindo registrar eles de uma forma que me parecesse aceitável. Mas agora consegui algo mais próximo disso então vem uma pequena enxurrada pela frente... 

Referência à Tatuagem da Manuela Xavier

 


Esses dois primeiros são desenhos parceiros, por assim dizer.

Sempre que faço lettering é à mão livre, por isso fica bastante irregular. Mas me resolve no sentido de colocar os sentimentos pra fora.




Trecho da música "Triste, Louca ou Má" de Francisco El Hombre
Música que aprecio demais.


Tudo o que desenhei esse ano foi sem referência de imagem/anatomia então essa parte está bastante sem vergonha. Mas eu quis muito fazer esse como uma forma de homenagear o corpo pós parto com as inúmeras mudanças que eu me lembrei de ter percebido em mim. As mudanças que aconteceram dentro (emocionalmente também) e fora com a chegada das minhas filhas. Além de matar um pouco a saudade do cabelo azul, mesmo sendo "em outra pessoa" rsrs:

 
Um recorte mais próximo pra ver detalhes.



E uma nova tentativa de registro desses dois que eu já tinha postado: 



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terça-feira, 22 de novembro de 2022

22/11/2022

Hoje eu fui atravessada por memórias  muito vívidas do último dia que passei com minha mãe e a saudade doeu bastante dessa vez.

Uma infinidade de coisas aconteceram neste ano após a passagem dela e, no último fim de semana, uma coisa que eu gostaria muito que ela presenciasse: após cerca de 12 anos longe, eu pisei num palco para dançar novamente. Foi um momento muito especial pra mim. Estar num estúdio de dança, o impulso de tornar os ensaios uma rotina diária pra conseguir fazer o meu melhor, o frio na barriga antes de subir ao palco, a euforia descendo as escadas pra sair dele com o corpo todo pulsando de alegria e diversão após dançar. Me senti voltando pra casa.

Ela foi uma das pessoas que sempre me incentivou nas artes em geral e sempre procurava assistir minhas apresentações, fossem de canto, dança, ou alguma exposição em que algum trabalho plástico meu estivesse fazendo parte. Ao longo da minha infância ela era uma pessoa bastante ocupada, mas sempre se esforçava pra ver as apresentações na escola. 

Enfim, eu gostaria que ela estivesse aqui pra ver pessoalmente. Mas eu sinto a presença dela em cada passo que eu dou em direção às minhas paixões, e ao mesmo tempo que a saudade dói, o coração fica quentinho por me sentir abraçada pelos incentivos que ela me ofereceu ao longo dos anos.

E desde que a memória me tomou hoje, fiquei ouvindo em looping a música Yet To Come do BTS, que fala sobre as coisas do passado terem sido ótimas mas que o melhor ainda está por vir. Da presença física dela, o melhor de fato ficou no passado, mas vou honrar a memória dela fazendo o meu melhor pra me respeitar e florescer, fazer com que minha melhor versão seja a que está por vir. Não com desespero pra bater meta sobre mim mesma, mas com a busca consistente de seguir aprendendo e crescendo nos caminhos que eu escolher seguir daqui pra frente.

Mãe, você ficaria orgulhosa. Obrigada por tanto, sempre.




"No one else

Can speak the words on your lips"


É um trecho da música Unwritten da Natasha Bedingfield que diz que ninguém mais pode falar as palavras em seus lábios. E o meu reencontro com minhas paixões tem justamente a ver com esse reconhecimento de que, posso não ser a melhor em nada, mas tenho a minha própria forma de colocar as coisas no mundo, uma maneira e um conjunto de experiências únicas que também são válidas de serem registradas.

Então quando o medo da falha vem, eu me lembro que as coisas que faço são uma necessidade de expressão que eu tenho, independente de mais alguém se identificar/gostar/aprovar, etc.

E nesse ano tão intenso eu tenho PRECISADO de todas as minhas ferramentas para lidar com todos os acontecimentos e emoções decorrentes deles.

Vou fechar com outra música que amo pra te incentivar também a abraçar seus desejos sinceros:


Irmão, você não percebeu

Que você é o único representante

Do seu sonho na face da terra

Se isso não fizer você correr, chapa

Eu não sei o que vai


Música "Levanta e Anda (part. Rael da Rima)" do fantástico Emicida.

Um silencioso abraço bem apertado pra você.

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