sexta-feira, 10 de março de 2023

Hype Boy - New Jeans (Turma de K-pop Iniciante BSDC)



Música: Hype Boy
Artista: New Jeans
Álbum: New Jeans
Lançamento: 2022
 

Resultado de duas aulas de janeiro na nossa turma da Backstage. Apanhei muito pra aprender essa coreografia, mas no fim foi bem divertida de dançar.

Tô tentando me lembrar que eu também mereço apenas me divertir, sem pensar tanto, tão intensamente sobre tudo. E essa é uma coreografia que se encaixa nisso!

Em geral não escuto/assisto muito Girls Groups porque me geram alguns incômodos (eu chamaria de gatilhos em menor escala) que não estão relacionados a eu achar ou não que os grupos são talentosos/fazem um bom trabalho. Mas vou deixar pra bater textão sobre isso outro dia. 

O foco, Emília, dessa vez, é só o divertimento \o/ 

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Shaolin Qi Gong + reflexões sobre fé e merecimento


Shaolin Qi Gong 🙆🏻‍♂️ 20 Minute Daily Morning Routine 
🙆🏻‍♀️ 八段锦 Ba Duan Jin (Complete Form)


Nos processos que atravessei nos últimos dois meses acabei adoecendo um bocado física e psiquicamente e nas últimas semanas fiquei fora tanto das aulas de dança quanto dos treinos de Muaythai. 
Semana passada tentei voltar pro thai, mas depois do aquecimento eu já estava passando mal e voltei pra casa direto pra usar a bombinha e recuperar o fôlego.
O Joel me sugeriu procurar alguma outra prática menos extenuante pra ir reconectando meu corpo, recuperando meu condicionamento e tornar mais possível o retorno pras minhas atividades. Achei essa uma sugestão muito válida e, peculiarmente, no mesmo dia o Youtube me recomendou o vídeo que compartilhei acima.
É uma prática que fiz algumas vezes desde então e realmente achei maravilhosa. Tem me reconectado com minha consciência corporal, execução atenta de movimentos, reconstrução de equilíbrio, controle respiratório. E também um prato cheio pra quem, como eu, busca aprender a estar mentalmente mais presente enquanto trabalha o corpo inteiro no processo.
Nerd que sou gosto muito de me aprofundar na origem e fundamentação teórica das coisas que me tocam, ainda vou fazer esse mergulho com Shaolin Qi Gong. Talvez compartilhe mais sobre isso aqui no futuro.
Mas hoje decidi falar sobre essa prática por outro motivo.  
Depois de realizar hoje de manhã eu senti uma coisa que só consigo descrever como: um profundo desejo de priorizar as prioridades. Acho essa frase meio estranha, mas não tenho uma melhor no momento.
Cresci numa família praticante do Budismo de Nichiren Daishonin, vinculada à BSGI. É uma filosofia de vida linda, humanista, da qual vem muitos dos meus valores enquanto pessoa. Mas eu tive uma relação ambivalente com minha prática em diversos momentos da vida. 
Ao longo do tempo, inclusive nos últimos meses, atravessei o sentimento de não ser boa o suficiente, como se eu não fosse merecedora de uma filosofia como essa, de ocupar esse espaço. O que é racionalmente um tanto incoerente, considerando que essa vertente considera que todos os seres tem o estado de buda (iluminação) latente em si, e que podem, ainda nessa existência, alcançar esse estado por meio de fé, prática e estudo consistentes.   
Minha mãe sempre foi uma praticante assídua e de fé inabalável. Reanalisando minha história, percebo que volta e meia eu me rendo à sensação de que não tenho condições de dar continuidade nesse legado na magnitude que ela realizava e isso me leva ao antigo sentimento de insuficiência.
É louco como algumas sensações e reações acabam sempre voltando. O que eu sinto que posso fazer é, essencialmente, descobrir/desenvolver novas ferramentas pra lidar com elas de maneira mais saudável.
Mas fato é que hoje de manhã, depois de praticar o Qi Gong, eu senti um desejo muito grande de realizar meu Daimoku e Gongyo (orações principal e complementar do Budismo Nchiren). De ter mais esse reencontro com algo que me faz muito bem e reafirmar pra mim mesma que eu mereço sim praticar e fazer parte deste movimento pela paz. De priorizar essa prática que me torna uma pessoa melhor e mais capacitada pra lidar com os outros aspectos da minha vida forma mais sábia, corajosa, determinada.  
Esperançar é essencial pra mim. Estender essa esperança a mim mesma, acreditar na minha capacidade e merecimento, são coisas que eu tenho buscado voltar a colocar em prática.

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quarta-feira, 8 de março de 2023

One More Light [vocal cover] e Gravity [freestyle dance]



Música: One More Light
Artista: Linkin Park
Álbum: One More Light
Lançamento: 2017
Cover via Starmaker app

[Postagem que fiz no meu Instagram dia 01/03/2023]
Dia 28/2/23 completou um ano do falecimento da minha avó Maria e dia 18/3/23 vai fazer um ano do falecimento da minha mãe, Terezinha.
Eu queria vir aqui pra falar somente das coisas boas, do legado de empatia, resiliência e respeito que elas deixaram. Mas a real é que nas últimas semanas o que eu tenho tido disponível são uma saudade imensa e dolorosa, e um nó na garganta que vai e volta em meio a inúmeras lágrimas.
Então eu fiz o que eu tenho feito nesse último ano e usei alguma das modalidades artísticas que eu amo pra colocar pra fora um pouco disso tudo.
O canto, a dança e o desenho não são pra mim simplesmente diversão, são meio de sobrevivência. Por um lado eu gostaria de só me divertir também, mas eu sou muito grata pela chance de poder usar essas ferramentas de qualquer forma.
Mãe, vó, amo vocês ❤️
Nesses 365, não teve um dia em que eu não me lembrasse de vcs. Só torço pra que, com o tempo, a dor diminua mais e fique só o coração quentinho pelo amor que vcs trouxeram pra minha vida. Já tá menor que no começo, mas ainda tenho bastante processo pela frente.
[Fim da postagem]

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Música: Gravity
Artista: Jongho (Ateez)
Álbum: Reborn Rich (Original Soundtrack)
Lançamento: 2023


Seguindo meu processo a esse respeito, no dia 02/03/23 eu decidi gravar uma dança freestyle usando a música Gravity porque ela mexe comigo de muitas formas. As duas únicas coisas que eu tinha certeza tecnicamente antes de começar era que eu gostaria de utilizar mais movimentos com as pernas e de fazer o movimento de "abrir de asas" no verso Deny your gravity. Pra mim, no momento, negar a gravidade é buscar liberdade pra ser eu mesma, pra ser inteira, com dores/belezas/processos e não linearidades.
Gravar freestyle foi uma sugestão do meu professor de dança e tem sido um processo de autoconhecimento também. Porque quando estou lá as coisas vem naturalmente e depois quando eu assisto é que descubro realmente o que fiz. 
Sinto um pouco de vergonha por reconhecer meu repertório de dança tão reduzido, pela baixa qualidade do vídeo, pelo espaço pequeno e um tanto inadequado em que eu tive que tomar cuidado pra não trombar no guarda-roupa nem na cama, mas esse momento foi muito importante pra mim independente de qualquer dessas coisas. 
Como falei na postagem do Insta, a música, a dança, tem sido ferramentas de sobrevivência no meu processo de existir e me reconstruir. Na minha busca de sentir a presença delas apesar da saudade, de me permitir ser inteira apesar das amarras do trauma e consequente modo de defesa.
Eu quase chorei enquanto dançava. Eu chorei bastante após terminar de dançar. Lágrimas que me lavaram por dentro do peso que eu estava sentindo naquele momento.

Consegui assistir a gravação do freestyle que fiz de Fever (Enhypen) sobre a qual falei na minha postagem de 24 de fevereiro de 2023, mas sigo não me sentindo em condições de compartilhar o vídeo. Escrever aquele texto também me lavou por dentro de uma forma que me fez sentir mais segura pra encarar aquele registro meu e a dançar diante da câmera de novo dias depois. Escrever também faz parte do meu processo de cura. Mesmo que ninguém leia, mesmo que ninguém saiba (apesar de esse blog ser de visualização pública), registrar o processo em palavras, voz e movimento já faz mágica acontecer.

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Bang Bang Bang - Big Bang (Turma de Kpop Iniciante Backstage Dance Center - DF 2022)


Música: Bang Bang Bang
Artista: Big Bang
Álbum: Made Series
Lançamento: 2016

Videografia da apresentação por @anre.producoes (Instagram)
Fotografia de capa por @bussolotti.art e equipe (Instagram)
Apresentação da turma de K-pop iniciante do professor Kai Hyden na comemoração de 10 anos da escola de dança Backstage Dance Center em 19 de novembro de 2022.
Eu entrei na turma algumas poucas semanas antes da apresentação mas felizmente deu pra participar.
Fiquei pensando que quando subisse no palco travaria, daria branco, mas na verdade foi simplesmente um momento muito feliz. Fazia uns 12 anos eu não subia num palco e foi uma sensação deliciosa de estar voltando pra casa, me diverti muito apesar dos eventuais erros.
No meu processo de luto desde o ano passado, uma das coisas que eu coloquei em prática foi recuperar partes de mim que estavam deixadas de lado. E a dança é uma dessas coisas muito importantes que trouxe de volta pra minha vida. Quero deixar registrados alguns agradecimentos específicos:
À Ked, uma grande amiga de muito tempo que me apresentou BTS e incentivou a ouvir K-pop (abriu as portas pra que essa apresentação, por exemplo, fosse possível). E por todo o apoio que me deu após a partida da minha mãe. Pense um colo que foi intensamente regado à lágrimas? Pois é, o dela.
Ao Joel, que segue comigo nesse rolê de lutas internas intensas, de redescobertas, e que na hora em que eu quis desistir de entrar pra essa escola de dança por achar muito cara a mensalidade (na real, por eu sentir que não merecia um gasto como esse comigo mesma - para além da questão financeira complicada em si), pegou minhas mãos, olhou fundo nos meus olhos e falou "A gente dá um jeito! Olha como você tá. Nem sei quando foi a última vez que te vi tão feliz com alguma coisa. Só vai!!"
Às minhas irmãs, Taíse e Patrícia que sempre me incentivam tanto e estão comigo nessa caminhada de reaprender a viver. Tata cuidou das minhas filhas na noite da apresentação e eu pude estar presente e entregue a esse momento tão especial pra mim. E as pequenas não poderiam estar mais felizes porque amam estar com a tia Tata.
E ao pessoal da Backstage. Nosso professor Kai Hyden que não poderia ter escolhido uma música melhor e sempre respondeu minhas milhões de dúvidas com disposição. À monitora Mands e ao Rodrigo, que com seus olhares acolhedores e palavras de incentivo me ajudaram muito a lidar com a sensação de intimidação que eu sentia ao entrar lá (síndrome de impostora dando o ar de sua graça). As colegas de turma que me acolheram mesmo eu chegando em cima da hora na turma, tiraram dúvidas e compartilharam desse momento especial.
Eu pensei tanto na minha mãe quando estava indo pra apresentação. No quanto eu gostaria que ela estivesse lá. No quanto ela estaria feliz em me ver voltando pra dança. Ela nunca teve muito tempo disponível, mas sempre me incentivou e sempre se esforçou pra estar presente nas apresentações.
Eu gostaria que outras pessoas importantes pra mim estivessem lá naquele momento, mas acabei ficando bem silenciosa sobre tudo. Não sei se modo de defesa ou simplesmente ritual de passagem, mas parecia um momento de reencontro muito precioso que precisava ser protegido. Além de ter sido um período extremamente corrido da minha vida.
Foi uma delícia voltar a incorporar ensaios diários na rotina (mesmo de que 20min) e quase sempre acompanhada da Saphira, que segue amando essa música e fazendo os passinhos que conseguiu aprender da coreografia até hoje! Ela chama de "música do cabelo vermelho" porque no começo eu ensaiava a partir da apresentação deles no M Countdown e nela o G Dragon tá com cabelo vermelho e o Taeyang com cabelo rosa intenso, ela nunca esqueceu rsrs.