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domingo, 11 de fevereiro de 2024

Compilado de Leituras - 2022 e 2023

Eu esqueço muito das coisas então gosto sempre de ir anotando coisas que são legais e/ou importantes pra mim. No futuro eu encontro as anotações e fico com o coração quentinho ao rememorar.

Esse compilado serve pra isso também. E pra deixar sugestões de leitura pra alguém que queira dar uma olhada.

Vou colocar uns links da Amazon (alguns pela Loja Skeelo) pra maiores informações porque muitos leio pelo Kindle Unlimited, mas dá pra achar em inúmeros outros lugares a maioria desses livros. Skeelo e Kindle são minha maiores fontes de livros atualmente. 

Eu planejava ser mais detalhista sobre cada um, mas me encontrei exausta já depois dos primeiros, então muitos vão ser basicamente só título/autorie. Também não estão na ordem em que li. Na verdade nem sei bem que tipo de ordem foi essa que eu arrumei 😂 Bora lá!

De 2022 eu quase não li e também pouco anotei, mas me lembro de 3:

  • "Luzes do Norte" de Giulianna Domingues. Se tornou um favorito! Aconselho muito. Foi a primeira vez que li romantasia e também a primeira vez que li sobre um casal queer. Foi um divisor de águas e esse estilo se tornou meu lugar de conforto e refúgio na literatura.

Em 2023 eu voltei a ler bastante (principalmente no segundo semestre), então a lista é bem maior rsrs
  • Vou começar com a série que li em dezembro e amei: "The Bonds that Tie" (6 livros) de J. Bree. Quero já avisar que são livros que tratam de temas bastante pesados e tem menções e cenas explícitas de muitas coisas (sexo, violência, tortura física e psicológica, pedofilia, etc...) então eu aconselharia para maiores de 18 anos. Além de todas as coisas pesadas tem muito desenvolvimento dos personagens, de laços afetivos, de habilidades individuais e enquanto grupo entre tantas outras coisas - e foram justamente esses aspectos que me apaixonaram. Acho que dá pra classificar eles em romantasia também, mas não tenho certeza. Li todos em Inglês mas, ouvi dizer que existe tradução pelo menos os dois primeiros. Não quero dar spoiler então paro por aqui. Apenas vou colocar as capas porque acho elas maravilhosas:

  
  


  •  Terminei "Estado de graça" de Ann Pachet. Comecei anos antes mas já tinha muito tempo que não o lia. Foi o único livro físico que terminei no ano. No fim das contas me dei muito bem com o rolê da leitura digital.
  • "Quando o sol voltar" de Olivia Pillar. Sobre se cuidar, nutrir afeto e ousar esperançar num período recente super difícil aqui no Brasil. Recomendo muito. 💛 
  • "Isso não é um conto de fadas" de I. K. Prado. Foi uma leitura que me fez muito bem também. Me senti abraçada por alguém que também na busca por não se perder de suas paixões em produção criativa. 
  • "Quinze Dias" de Vitor Martins. Vou resumir em: coração quentinho e refúgio na leitura! 💚
  • Ouvi "Carmilla" de J. Sheridan Le Fanu. Até então não tinha dado muitas chances para os audiobooks e esse foi uma boa abertura pra isso! Infelizmente não consegui achar link para o que ouvi, mas foi o que ganhei na Skeelo. Recomendo.
  • "Fanfics de uma quarta-feira à noite" de Camila Pelegrini. Me apaixonei pela escrita de Camila e tem alguns livros dela nessa minha lista rsrs Não consegui achar link externo pra vários dos livros dela, mas li/ouvi todos pelo Skeelo.
  • "Ladeira abaixo" de Aimee Oliveira. Gostei também.
  • Ouvi "Menu a dois" de Camila Pelegrini. Divertido!
  • "Para sempre seu" de Júlia Braga. Este foi uma surpresa e tanto. Algo me disse pra ler esse livro, um impulso que eu não soube bem explicar. A gente pensa que vai ser um romance clichê por causa do começo e as coisas caminham pra um lugar que, infelizmente, eu consegui me identificar um bocado. Não quero dar spoiler, apenas recomendo demais! 
  • "Um pressentimento funesto: Um caso de Tommy e Tuppence" de Agatha Christie. Tive um pouco de dificuldade de engatar nesse mas insisti e foi um final muito surpreendente.
  • "O grande deus Pã" de Arthur Machen. Este, Um pressentimento funesto e Uma virtude mortal eu li por incentivo da Maratona Skeeloween. Foi uma experiência interessante porque os dois primeiros eu provavelmente não escolheria ler por conta própria.
  • "Clave de dó" de Camila Pelegrini. Também via Skeelo!
  •  "Meu babaca favorito" de Camila Pelegrini. 💚
  • Ouvi "Papai Noel ao avesso" de Meredith Nicholson. Foi peculiar e divertido. Outro que eu não pensaria, por conta própria, em tentar, mas animei no evento de Natal da Skeelo.

Ok \o/

Fazer essa postagem foi uma jornada bem mais cansativa do que eu pensei que seria. Nos meus devaneios iniciais, eu planejava colocar as capas de todos os livros mas, logo percebi que ia ser trampo demais pro momento. 

Acredito que li mais alguma coisa no primeiro semestre... Só que, como não estava anotando ainda, se perdeu.

Descobri que muitas vezes não guardo na memória os nomes dos livros/autories/personagens/lugares, mas as sensações que a história me causou permanecem comigo. Por isso acho tão legal anotar e rememorar depois. Assim como escrever minhas impressões na hora em que termino de ler. 

Essas eu ainda não decidi se compartilho ou não porque, em geral, são reflexões muito pessoais sobre minhas experiências de vida que foram despertadas pelos livros - não são resenhas. Quem sabe eu decido compartilhar, né?

Obs: Listei apenas as coisas que li por diversão e terminei. Leituras divertidas ainda por terminar ou artigos e outros textos acadêmicos que finalizei em 2023 não estão aqui.

Até mais 😉


Fonte das imagens: amazon.com.br 

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Leituras

Eu tinha pensado em não escrever sobre isso no momento mas, o desejo foi maior e eu tenho como um dos meus objetivos para 2024 o de respeitar mais meus desejos, além de cuidar mais de mim e das minhas necessidades. 

Essa introdução meio estranha se refere  um hábito que eu iniciei no ano passado de registrar meus sentimentos e pensamentos ao final da leitura/escuta de livros.

Em 2023 voltei a ler por prazer e esse reencontro foi muito feliz! Talvez eu publique aqui as imprssões mais marcantes das leituras do ano passado. Estou pensando a respeito.

Hoje, terminei o livro "Aurora e Fryda" de Marina Rezende. A princípio ele me chamou atenção pelo título porque tenho uma ligação (não totalmente compreensível ainda pra mim) com auroras. 

Na verdade, o livro que me trouxe de volta às leituras por prazer foi "Luzes do Norte" de Giu Domingues. Com sua capa repleta de auroras boreais/austrais ele gritou por mim e eu ouvi. Dimitria Coromandel é tudo o que eu sempre quis para minha personagem de D&D de mesa, Tarnélia Triptus. Enquanto guerreira, enquanto ser humano. Aurora van Vintermer representa mais a mim, Emília, com a maneira com que busco me colocar diante da vida e das pessoas. Minha maneira de ver e agir na vida.

Luzes do Norte foi minha primeira leitura de romantasia LGBTQIAPN+ e me tomou inteiramente. Fantasia é meu estilo de literatura favorito desde que tenho memórias a respeito. Só que eu costumava meio que fugir de romances, então fui surpreendida por como essa mistura me arrebatou! Ainda mais enquanto pessoa que tem procurado abraçar e cuidar com mais carinho e respeito do fato de ser queer.

Com o passar dos meses e das leituras, os romances queer se tornaram meio que um refúgio pra mim. Um lugar de reconhecimento e aprendizado sobre meus afetos possíveis, sobre me enxergar com mais inteireza.

Aurora e Fryda falam sobre esse conhecer também. Sobre olhar pra relidade que se coloca à nossa frente e desejar um futuro diferente, mais liberto, mais sincero com nossa essência. Um futuro menos violento. É sobre abraçar a esperança e agir em prol dela, reconhecendo que o caminho pode ser desalentador muitas vezes mas, apesar disso seguir confiando na nossa capacidade de mudar o que está a nossa volta a partir da mudança que fazemos dentro da gente - assim como fala o Budismo de Nichiren Daishonin, pelo qual tenho tanto apreço.



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Leio muito digitalmente. Pensei que não me adaptaria a não ter os livros em mãos quando tentei pela primeira vez anos atrás. No fim das contas me apaixonei pela praticidade de ler em basicamente qualquer lugar/luminosidade e por poder "transportar" inúmeros títulos comigo (já que sempre começo vários ao mesmo tempo rsrs).   

Fiquei agora com vontade de fazer uma postagem compilando os livros que li em 2023 (pelo menos os que tenho registro/lembrança de ler lido). Gosto de listar as coisas porque minha memória não dura tanto tempo e revisitar os dados depois me faz feliz muitas vezes. Ou emocionada, ou me faz repensar escolhas e atualizar/renovar objetivos.

Provavelmente a próxima postagem vai ser sobre isso então.

Até lá.

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Fonte das imagens: anúncios dos respectivos livros no site amazon.com.br

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quinta-feira, 29 de maio de 2014

Fahrenheit 451 - Ray Bradbury (2)

Beatty acionou seu acendedor e deixou-se fascinar pela pequena chama alaranjada.
- O que há de tão encantador no fogo? Seja qual for a nossa idade, o que nos atrai nele? - Beatty soprou a chama e a acendeu novamente. - É o moto-perpétuo; a coisa que o homem queria inventar mas nunca conseguiu. Ou o movimento quase perpétuo. Se a gente o deixasse queimando, ele superaria a duração de nossa vida. O que é o fogo? É um mistério. Os cientistas nos oferecem jargões pomposos sobre fricção e moléculas. Mas realmente não sabem. Sua verdadeira beleza é que ele destrói a responsabilidade e as consequências. Se um problema se torna um estorvo pesado demais, para a fornalha com ele. Agora,  Montag, você se tornou um estorvo. E o fogo tirará você de cima dos meus ombros, de modo limpo, rápido, seguro; nada de restos que apodreçam mais tarde. Antibiótico, estético,  prático. 

Página 141, 1ª edição de bolso, 2007, Editora Globo. 

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quinta-feira, 15 de maio de 2014

Farenheit 451 - Ray Bradbury








 Os livos servem para nos lembrar o quanto somos estúpidos e tolos. São o guarda pretoriano de César, cochichando enquanto o desfile ruge pela avenida: "Lembre-se, César, tu és mortal!". A maioria de nós não pode sair correndo por aí, falar com todo mundo, conhecer todas as cidades do mundo. Não temos tempo, dinheiro ou tantos amigos assim. As coisas que você está procurando, Montag, estão no mundo, mas a única possibilidade que o sujeito comum terá de ver noventa e nove por cento está num livro. Não peça garantias. E não espere ser salvo por uma coisa, uma pessoa, máquina ou biblioteca. Trate de agarrar a sua própria tábua e, se você se afogar, pelo menos morra sabendo que estava no rumo da costa.


Página 108, 1ª edição de bolso, 2007, Editora Globo. 

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Enquanto a noite não chega - Josué Guimarães


"A morte não assustava nenhum deles, e só não falavam sobre ela por uma questão de pudor, porque os filhos haviam morrido, os netos, os primos, os irmãos, até aquela cidade morrera aos poucos, numa agonia lenta mas bem visível; casas que ficavam vazias, telhados que deixavam filtrar a água das chuvas, madeirame apodrecendo, paredes ruindo e o mato crescendo onde antes eram salas de visitas, quartos e cozinhas. Seu Teodoro, agora, ali à sua frente, trabalhava como um cão e não arredaria pé sem antes enterrar o último sobrevivente, aferrado a princípios que nem eles mesmos sabiam quais eram."

Página 21 da versão digital em epub.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Introdução à Escrita Criativa: Exercícios para escritores de histórias

Bom, apesar de não compartilhar muito esse aspecto, gosto muito de escrever e tenho interesse em desenvolver um livro - mesmo que não seja para publicação, mas pelo exercício da criatividade. 

Esse texto legal a seguir dá algumas dicas práticas para a produção literária:
English 50 – Intro to Creative Writing: Exercises for Story Writers
More Exercises:
Write the first 250 words of a short story, but write them in ONE SENTENCE. Make sure that the sentence is grammatically correct and punctuated correctly. This exercise is intended to increase your powers in sentence writing.
Write a dramatic scene between two people in which each has a secret and neither of them reveals the secret to the other OR TO THE READER.
Write a narrative descriptive passage in a vernacular other than your own. Listen to the way people speak in a bar, restaurant, barber shop, or some other public place where folks who speak differently ("He has an accent!") from you, and try to capture that linguistic flavor on the page.
Play with sentences and paragraph structure: Find a descriptive passage you admire, a paragraph or two or three, from published material, and revise all the sentences. Write the passage using all simple sentences (no coordination, no subordination); write the passage using all complex-compound sentences; write the passage using varying sentence structure. The more ways you can think to play with sentence structure, the more you will become aware of how sentence structure helps to create pacing, alter rhythm, offer delight.
Focus on verbs: Find a passage that you admire (about a page of prose) and examine all of the verbs in each sentence. Are the "active," "passive," "linking?" If they are active, are they transitive or intransitive? Are they metaphorical (Mary floated across the floor.)? What effects do verbs have on your reading of the passage?
Take a passage of your own writing and revise all of the verbs in it. Do this once making all the verbs active, once making all the verbs passive. Then try it by making as many verbs as possible metaphorical (embedded metaphors).
Characters: There are two types of characters: well rounded and flat.
Create character sketches. This is a good exercise to perform on a regular basis in your journal. Sometimes you can just create characters as they occur to you, at other times it is good to create characters of people you see or meet. Some of the best sketches are inspired by people you don't really know but get a brief view of, like someone sitting in a restaurant or standing by a car that has been in an accident. Ask yourself who they are, what they are about. The fact that you don't really know the person will free you up to make some calculated guesses that ultimately have more to say about your own vision of the world than they do about the real person who inspired the description. That's okay, you are NOT a reporter, and ultimately the story you intend to tell is YOUR story.
Write a character sketch strictly as narrative description, telling your reader who the character is without having the character do or say anything.
Revise the above to deliver the character to the reader strictly through the character's actions.
Revise the above to deliver the character strictly through the character's speech to another character.
Revise the above to deliver the character strictly through the words/actions of another character (the conversation at the water fountain about the boss).
Often when we call a character "flat" we mean that the author has failed in some way; however, many good stories require flat characters. Humor often relies on flat characters, but often minor characters in non-humorous pieces are also flat. These characters usually appear to help move the plot along in some way or to reveal something about the main character. A flat character is one who has only ONE characteristic. You can create whole lists of these and keep them in your journal so that you can call upon them when you need a character to fit into a scene.
Young writers are prone to write autobiographical pieces. Instead of writing about people like yourself, try writing about someone who is drastically different in some way from you. Writing about someone who is a good deal older or younger than you will often free up your imagination. It helps to make sure you are delivering enough information to your reader so that the reader can clearly see the character and understand the character's motives.
Write a scene of about five hundred words in which a character does something while alone in a setting that is extremely significant to that character. Have the character doing something (dishes, laundry, filing taxes, playing a computer game, building a bird house) and make sure that YOU are aware that the character has a problem or issue to work out, but do NOT tell your reader what that is.  
This page created and maintained by Jim Manis; last updated February 10, 2000.

Fonte: http://www.stumbleupon.com/su/2gVUuZ/:iRXox2S0:aJutnZ7A/www2.hn.psu.edu/faculty/jmanis/assign/e50xs2.htm/ 

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terça-feira, 24 de setembro de 2013

Sabedoria de Avó...


Quando eu for bem velhinha, espero receber a graça de, num dia de domingo, me sentar na poltrona e, bebendo um cálice de Porto (pode ser um impecável cabernet), dizer à minha neta: 
- Querida, venha cá. Feche a porta com cuidado e sente-se aqui ao meu lado. Tenho umas coisas pra te contar. 
E assim, dizer apontando o indicador para o alto: 
- O nome disso não é conselho, isso se chama colaboração! 
Eu vivi, ensinei, aprendi, caí, levantei e cheguei a algumas conclusões. 
E agora, do alto dos meus 82 anos, com os ossos frágeis a pele mole e os cabelos brancos, minha alma é o que me resta saudável e forte. 
Por isso, vou colocar mais ou menos assim: 
É preciso coragem para ser feliz. 
Seja valente. 
Siga sempre seu coração. 
Para onde ele for, seu sangue, suas veias e seus olhos também irão. 
Satisfaça seus desejos. 
Esse é seu direito e obrigação. 
Entenda que o tempo é um paciente professor que irá te fazer crescer, mas escolha entre ser 
uma grande menina ou uma menina grande, vai depender só de você. 
Tenha poucos e bons amigos. 
Tenha filhos. 
Tenha um jardim. 
Aproveite sua casa, 
mas vá a Fernando de Noronha, a Barcelona e à Austrália. 
Cuide bem dos seus dentes. 
Experimente, mude, corte os cabelos. 
Ame. 
Ame pra valer, mesmo que ele seja o carteiro. 
Não corra o risco de envelhecer dizendo "ah, se eu tivesse feito..." 
Vai que o carteiro ganha na loteria 
- tudo é possível, e o futuro é imprevisível. 
Tenha uma vida rica de vida! Viva romances de cinema, contos de fada e casos de novela. 
Faça sexo, mas não sinta vergonha de preferir fazer amor. 
E tome conta sempre da sua reputação, ela é um bem inestimável. 
Porque sim, as pessoas comentam, reparam, e se você der chance elas inventam também detalhes desnecessários. 
Se for se casar, faça por amor. 
Não faça por segurança, carinho ou status. 
A sabedoria convencional recomenda que você se case com alguém parecido com você, 
mas isso pode ser um saco! 
Prefira a recomendação da natureza, que com a justificativa de aperfeiçoar os genes na reprodução, sugere que você procure alguém diferente de você. 
Mas para ter sucesso nessa questão, acredite no olfato e desconfie da visão. 
É o seu nariz quem diz a verdade quando o assunto é paixão. 
Faça do fogão, do pente, da caneta, do papel e do armário, seus instrumentos de criação. 
Leia. Pinte, desenhe, escreva. 
E por favor, dance, dance, dance até o fim, se não por você, o faça por mim. 
Compreenda seus pais. 
Eles te amam para além da sua imaginação, sempre fizeram o melhor que puderam, 
e sempre farão. 
Não cultive as mágoas - porque se tem uma coisa que eu aprendi nessa vida é que um 
único pontinho preto num oceano branco deixa tudo cinza. 
Era só isso, minha querida. 
Agora é a sua vez. 
Por favor, encha mais uma vez minha taça e me conte: como vai você? 
 
Isso vale para todos nós, pais, filhos, netos e amiga(o)s...
Não conheço a autoria do texto, mas achei super agradável e quis registrá-lo.
Se alguém souber quem escreveu, me avisa ^.~
Quem compartilhou comigo foi minha querida irmã do meio, Taíse.

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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

O DESAPEGO!

O desapego é um dos mais importantes ensinamentos budistas. 

Muitos dos problemas da vida são causados pelo apego. Ficamos com raiva, preocupados, tornamo-nos ávidos, fazemos queixas infundadas e temos todos os tipos de complexos. Todas estas causas de infelicidade, tensão, teimosia e tristeza são devidas ao apego. Se você tem algum problema ou preocupação, examine a si mesmo e descobrirá que a causa é o apego. 

Existe uma famosa história zen sobre um mestre e seu discípulo. Os dois estavam a caminho da aldeia vizinha quando chegaram a um rio caudaloso e viram na margem, uma bela moça tentando atravessá-lo. O mestre zen ofereceu-lhe ajuda e, erguendo-a nos braços, levou-a até a outra margem. E depois cada qual seguiu seu caminho. Mas o discípulo ficou bastante perturbado, pois o mestre sempre lhe ensinara que um monge nunca deve se aproximar de uma mulher, nunca deve tocar uma mulher. O discípulo pensou e repensou o assunto; por fim, ao voltarem para o templo, não conseguiu mais se conter e disse ao mestre: 

— Mestre, o senhor me ensina dia após dia a nunca tocar uma mulher e, apesar disso, o senhor pegou aquela bela moça nos braços e atravessou o rio com ela. 

— Tolo – respondeu o mestre – Eu deixei a moça na outra margem do rio. Você ainda a está carregando. 

Desapego não é desinteresse, indiferença ou fuga. Não devemos nos tornar indiferentes aos problemas da vida. Não devemos fugir da vida; não se pode fugir dela quando somos sinceros.
O desapego, como sabemos, não é uma rejeição, mas uma liberdade que prevalece quando deixamos de nos atar às causas do sofrimento. Em um estado de paz interior, com conhecimento lúcido de como funciona a nossa mente. Matthieu Ricard
A vida e seus problemas devem ser encarados e lidados de frente, mas não são coisas às quais devamos nos apegar. É verdade que o dinheiro tem sua importância, mas a pessoa que se apega a ele torna-se avarenta e escrava do dinheiro. É muito fácil nos apegarmos à nossa beleza, às nossas aptidões ou às nossas posses, e assim nos sentirmos superiores aos outros. É igualmente fácil nos apegarmos à nossa feiúra, à nossa falta de aptidões ou à nossa pobreza, e assim nos sentirmos inferiores aos outros. O apego às condições favoráveis leva à avidez e ao falso otimismo, enquanto que o apego às condições desfavoráveis leva ao ressentimento e ao pessimismo. Sem dúvida, nosso apego às coisas, condições, sentimentos e idéias é muito mais problemático do que imaginamos. 

Quando adoecemos, chegamos até mesmo a nos apegar à doença. É melhor não fazermos isso. Todas as doenças serão curadas, exceto uma, que é a morte. Quando você estiver doente, aceite a doença e faça o possível para se recuperar. Aceite a doença e a transcenda… ou melhor, aceite-transcendendo. A vida é mutável; todas as coisas são mutáveis; todas as condições são mutáveis. Por isso, “deixe ir” as coisas. Todos os abusos, a raiva, a censura – deixe que venham e que se vão. Tudo o que fazemos, devemos fazer com sinceridade, com honestidade e com todas as nossas forças; e uma vez feito, feito está. 

Não nos apeguemos a ele. Muitas pessoas se apegam ao passado ou ao futuro, negligenciando o importante presente. Devemos viver o melhor “agora”, com plena responsabilidade. Quando o sol brilha, desfrute-o; quando a chuva cai, desfrute-a. Todas as coisas nesta vida – deixe que venham e deixe que se vão. Este é um segredo da vida que nos impede de ficar aborrecidos ou neuróticos.
Buda disse que todas as coisas na vida e no mundo estão em constante mutação; por isso, não se torne apegado a elas.

Trecho extraído do livro "Budismo Essencial – A Arte de Viver o Dia-a-Dia" de Gyomay Kubose. 

Conheci o texto pois a Fabiana Ferreira, de quem gosto muito, o compartilhou no Facebook. E ela ainda completou dizendo "Desapego é envolvimento e intimidade com as coisas como são".

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segunda-feira, 2 de setembro de 2013

A Culpa é das Estrelas - John Green



O Augustus apontou para o alto, para as árvores, e perguntou:
— Viu aquilo?
Eu vi. Havia olmos por todo lado pelos canais, e algumas sementes estavam sendo carregadas pelo vento. Mas não pareciam sementes. Pareciam, precisamente, pétalas de rosa descoloridas e em miniatura. Essas pétalas claras se juntavam no vento como pássaros voando em bando — milhares deles, como uma tempestade de neve na primavera.
O senhor que nos deu o lugar reparou que estávamos observando aquilo e disse, em inglês:
— É primavera em Amsterdã. Os iepen jogam confete para dar as boas-vindas à primavera.
(Página 112)
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Quem sou eu para dizer que essas coisas podem não durar para sempre? Quem é o Peter Van Houten para afirmar como verdade a conjectura de que nossa labuta é temporária? Tudo o que eu sei sobre o paraíso e tudo o que eu sei sobre a morte está naquele parque: um universo elegante em movimento constante, pululando com ruínas arruinadas e crianças estridentes.
(Página 210)
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Hoje terminei a leitura do livro A Culpa é das Estrelas de John Green

Preciso dizer que gostei muito! O ritmo do livro é menos acelerado, com belas escolhas de palavras e personagens com características e personalidades marcantes.

Apesare de os personagens principais terem pouca idade, as experiências por eles vividas fazem com que tenham uma maturidade bastante grande. Em alguns momentos achei-os até meio maduros demais, mas houveram também as ocasiões à honrar a idade cronológica que fizerem o balanço necessário para que isso não me incomodasse de fato.

Com essa leitura eu me emocionei, sorri, reli trechos para tentar de fato absorver algumas idéias, etc. O fato é que gostei bastante e aconselho para aqueles que conseguem/gostam de lidar com leituras com poucas cenas de ação (aventura), mas cheias de conteúdo filosófico existencial e com um olhar diferenciado sobre o cotidiano e a fugacidade da vida humana.

Para um pouco de fofura a respeito do livro, este link do Deviant'Art recolhe algumas ilustrações relacionadas aos personagens e a passagens do livro em seu menu lateral. E este da Editora Intrínseca contém outras fan arts relacionadas. Valem uma olhada!

Bom, muito bom!

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Imagem: reprodução.  



quarta-feira, 21 de agosto de 2013

"Precisamos Falar sobre Kevin" - Filme/Livro

O texto a seguir localizei no site da Folha de São Paulo. Não assisti ao filme nem li ao livro ainda, mas tenho interesse pelos dois e fiquei com mais desejo de conhecer ainda após este artigo. 

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"Precisamos Falar sobre Kevin" enfoca trauma da violência adolescente nos EUA


Um jovem entra armado no colégio, numa lanchonete, numa sala de cinema. Começa a disparar. Em seguida, suicida-se ou entrega-se às autoridades com a expressão de triunfo dos mártires que cumpriram sua missão.

Em países como Noruega ou Brasil, a cena é rara. Nos EUA, entretanto, esse tipo de morticínio atinge níveis epidêmicos e equivale, por sua recorrência, a uma sociopatia.
"Precisamos Falar sobre o Kevin", filme da diretora Lynne Ramsay baseado no romance de Lionel Shriver, aborda episódio semelhante sem cair em generalizações sociológicas. Em troca, nos dá um retrato sem retoques da perversão.
Divulgação
Cena do filme "Precisamos Falar Sobre o Kevin", que enfoca trauma da violência adolescente nos EUA
Cena do filme "Precisamos Falar Sobre o Kevin", que enfoca trauma da violência adolescente nos EUA

Eva Katchadourian é uma mulher de classe média, com ambições de ser escritora, numa pequena cidade americana. A gravidez indesejada compromete seus planos e estabelece uma relação tensa com o filho, cujo comportamento precocemente agressivo parece ser o reflexo da rejeição materna.

O que seria uma crônica de neuroses domésticas, porém, se transforma num pesadelo narrado em diferentes planos temporais.

A cor vermelha inunda a tela. Começa com a tradicional guerra de tomates na Espanha (à qual Eva se entrega) e se prolonga na sequência em que, já frustrada como autora de livros de viagem, sua casa é vandalizada.

Entre um momento e outro, o vermelho é a metáfora da carnificina à espreita. Cada gesto ou olhar anuncia uma catástrofe que vai surgindo à prestação, na crueldade do irmão com a caçula, na apatia do pai que, em lugar de representar a "castração", é a figura da "lei" que o perverso corteja e burla, para em seguida negar com gozo homicida.

A atriz Tilda Swinton, soberba como Eva, destila toda a amargura de quem é hostilizada por razões que vamos intuindo com terror.

E, apesar de o filme recusar explicações, é impossível não pensar que uma sociedade que elevou felicidade e sucesso à condição de mandamento não apenas pune com rigor bíblico quem pariu um pecador, mas também cria parricidas em série.

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CONEXÕES

LIVRO
PRECISAMOS FALAR SOBRE O KEVIN ***
O romance que serviu de base para o filme de Ramsay é estruturado na forma de cartas que a mãe de Kevin escreve ao marido.
AUTOR: Lionel Shriver
EDITORA: Intrínseca (2012, 464 págs., R$ 34,90)


FILMES
O SILÊNCIO DOS INOCENTES ****
O psiquiatra assassino Hannibal Lecter (Anthony Hopkins) disseca, da prisão, os mecanismos da perversão de um "serial killer".
DIRETOR: Jonnathan Demme
DISTRIBUIDORA: Fox (1990, R$ 16,90)

PRECISAMOS FALAR SOBRE O KEVIN ***
DIRETOR: Lynne Ramsay
DISTRIBUIDORA: Paris Filmes (R$ 34,90)

LIVRO
POEMAS DE KONSTANTINOS KAVÁFIS ****
Konstantinos Kaváfis; tradução de Haroldo de Campos (Cosac Naify, 64 págs., R$ 45)

Criador da poesia concreta e renovador da tradução no Brasil, Haroldo de Campos (1929-2003) "transcria" -segundo expressão que consagrou- poemas do escritor grego moderno, em especial "À Espera dos Bárbaros". Organizado por Trajano Vieira, o livro traz, como prefácio, versos inéditos em que o poeta brasileiro celebra a sensualidade clássica de Kaváfis (1863-1933).

FILME
ROMÂNTICOS ANÔNIMOS **
Jean-Pierre Améris (Imovision, locação)
Uma frequentadora dos "emotivos anônimos" (conforme título original francês) se emprega numa fábrica de chocolates cujo patrão, nada emotivo, aos poucos vai se revelando um romântico enrustido. Améris explora a exageração da pieguice para ironizar as inseguranças afetivas, numa comédia que se pretende "meio amarga", mas acaba errando na dose de doçura.


DISCO
RADAMÉS GNATALLI: VALSAS E RETRATOS ****
Izaías e Seus Chorões/Quintal Brasileiro (Selo Sesc, R$ 20)

A parceria entre o quinteto de cordas de Campinas e o quinteto do bandolinista Izaías Bueno de Almeida recupera a cumplicidade entre Jacob do Bandolim e Radamés Gnattali, que, nos anos 1950, compôs para o amigo a suíte "Retratos" (em homenagem a Pixinguinha, Naza-reth, Anacleto de Medeiros e Chiquinha Gonzaga), aqui registrados, ao lado de suas "Valsas", com arranjos originais.
Manuel da Costa Pinto
Manuel da Costa Pinto é jornalista e mestre em teoria literária e literatura comparada pela USP. Colunista da revista "sãopaulo" e editor do "Guia Folha - Livros, Discos, Filmes", é também editor do programa "Entrelinhas", da TV Cultura. Escreve aos domingos.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

O oceano no fim do caminho - Neil Gaiman


— Ninguém realmente se parece por fora com o que é de fato por dentro. Nem você. Nem eu. As pessoas são muito mais complicadas que isso. É assim com todo mundo.
  — Você é um monstro? Como a Ursula Monkton?
  Lettie jogou uma pedra no lago.
  — A meu ver, não — respondeu. — Existem monstros de todos os formatos e tamanhos. Alguns deles são coisas de que as pessoas têm medo. Alguns são coisas que se parecem com outras das quais as pessoas costumavam ter medo muito tempo atrás. Algumas vezes os monstros são coisas das quais as pessoas deveriam ter medo, mas não têm.
  — As pessoas deveriam ter medo de Ursula Monkton — falei.
  — Talvez sim, talvez não. Do que você acha que a Ursula Monkton tem medo?
  — Sei lá. Por que você pensa que ela tem medo de alguma coisa? Ela é adulta, não é? Os adultos e os monstros não têm medo de nada.
  — Ah, os monstros têm medo — disse Lettie. — É por isso que são monstros. E os adultos… — Ela parou de falar, coçou o nariz sardento com um dedo. — Vou dizer uma coisa importante para você. Os adultos também não se parecem com adultos por dentro. Por fora, são grandes e desatenciosos e sempre sabem o que estão fazendo. Por dentro, eles se parecem com o que sempre foram. Com o que eram quando tinham a sua idade. A verdade é que não existem adultos. Nenhum, no mundo inteirinho. — Ela pensou por um instante. Então sorriu. — Tirando a vovó, claro.
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Trecho do livro "O oceano no fim do caminho"  de Neil Gaiman

É um livro de suspense e fantasia com alguns questionamentos filosóficos muito ótimo de ler! 
Cativante e fluido, com diálogos interessantes e uma mitologia que - pelo menos em relação aos livros que já li - é pouco explorada.

Aconselho profundamente a leitura!
Trata-se de um romance “sobre magia, o poder das histórias e como enfrentar a escuridão dentro de cada um de nós. É sobre medo, amor, morte e famílias”. 
Sugiro uma lida no pequeno artigo da Editora Intrínseca, a qual publicou o livro aqui no Brasil. Tem curiosidades legais sobre o autor.


Imagem: reprodução.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

O Papa e o meteoro



Artigo do Senador Cristovam Buarque para o jornal O Globo que fala sobre sonhos e utopias, muitos dos quais eu compartilho e creio que são bons de se sonhar e buscar juntos.
Afinal, um futuro melhor é feito por todos nós, dia após dia, se assim quisermos agir no agora.

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Basta clicar que a imagem fica maior e melhor de ler.
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quinta-feira, 12 de julho de 2012

A Casa das Orquídeas - Lucinda Riley




"Harry percebera, havia muito tempo, que os genes de seu pai com certeza não estavam presentes nele. Ele se parecia muito mais com a mãe, Adrienne, em termos de personalidade: gentil e artístico, mas também na tendência a ataques súbitos de depressão, quando o mundo ficava negro e ele lutava para encontrar um sentido na vida. A mãe chamava esses momentos de seu petit mal e se recolhia na cama até se livrar deles. (...)
Quando os surtos de escuridão o atacavam, Harry, às vezes, desejava uma reencarnação, estar em um mundo onde pudesse utilizar sua paixão e seu talento. Talvez, ele suspirava, se ele vencesse a guerra, estaria um passo mais perto dos eu objetivo."


                                                                                                                      Páginas 98 e 99. 
Um brinde ao Harry e seu piano!

Gêneses - Bernard Beckett



Se eu precisar definir a leitura de Gênesis em uma única palavra esta seria Desconcertante - num sentido muito bom.

Uma coisa que sempre surpreendeu algumas pessoas é a minha capacidade de pegar uma conversa no meio do caminho e me interessar genuinamente pelo assunto mesmo assim. Acho que por isso não tive nenhum problema com o livro. É uma escrita muito diferente, concisa, direta e cheia de conteúdo. Nada de introduções e devaneios aleatórios.

Creio que não seja uma leitura que agradaria a todas as pessoas, mas me prendeu tanto e tem uma diagramação e acabamento tão agradáveis que eu li em dois dias. :D

É um livro curto (176 págs.) de ficção científica que para mim, a princípio, nem parece ficção científica por já termos contato com vários dos fatores citados. Nas fotos da capa que eu fiz não parece (filtro de cores antigas) mas a moça é ruiva natural e é uma imagem muito enigmática - fui atraída irreparavelmente para o livro.

O discorrer da trama é recheado de referências filosóficas - tenho certeza que perdi algumas coisas relevantes por não conhecer muito do assunto. Mas graças à Vera Pugliese (professora de Fundamentos da Linguagem e Teoria e História da Arte no Instituto de Artes da UnB) e suas aulas fodásticas pude ainda aproveitar bastante a leitura - Beijo Vera, vc é foda! Isso pq eu não fiz a leitura completa do programa que ela preparou para a aula. Se eu tivesse lido tudo, aposto que não teria perdido nada do livro!

O final do livro foi simplesmente avassalador para mim. Fiquei pasma e reli três ou quatro vezes até me conscientizar que tinha absorvido por completo o sentido daquilo. Todas as questões sobre como encarar a vida e a morte, a relação entre os seres, o ambiente, a visão de solidariedade e do que cada ser é realmente capaz ou até que ponto ele precisa crer que é capaz me foram aguçadas pelo livro e eu descaradamente posso dizer que se tornou um dos meus favoritos!


O que realmente significa ser humano?


sábado, 9 de junho de 2012

Lua Azul - Alyson Nöel

A grande verdade é que eu adoro ler. Mesmo. É quase um vício para mim a leitura por prazer.
A algum tempo terminei um livro que se chama Lua Azul da autora Alyson Nöel. É o segundo volume da série que se chama Os Imortais.
Muitas resenhas já foram feitas e já existe versão em português da série aparentemente já completa - 5 volumes.
O que eu achei engraçado é que nunca tive "atração física" por estes livros. Entenda por "atração física" um ímpeto profundo de conhecer um livro (ou qualquer outra coisa) sem nunca ter lido sinopse ou ouvido falar. Simplesmente acontece uma troca de energia com tudo o que está guardado de conhecimento e sensação dentro do livro e você sabe que aquilo é para você. Acho que isso não acontece com todo mundo, e acho que tem pessoas que me achariam excessivamente exotérica e estúpida por dize-lo, mas para mim é puro e simples fato.
Como eu ia dizendo, isso não me aconteceu com essa série. Comecei porque uma fofíssima colega do trabalho (Oi Grazy!) que compartilha do gosto pela leitura me ofereceu o 1º livro para conhecer e eu o "comi" em poucos dias. 
É interessante que a Alyson tem uma escrita despretensiosa e simples mas que nos prende (pelo menos a nós duas) até o fim e deixa com desejo por mais. :)
É fato também que nas cenas de ação os dois primeiros livros deixam um pouco a desejar no sentido de batalha corpo a corpo, fica mais como uma exploração psicológica do acontecimento mas, ainda assim, prende!

Acabei não tirando fotos do livro antes de devolver, mas entrando no link relacionado acima é possível conhecer todos os volumes e ver as capas - link da editora Intrinseca, responsável pela série no Brasil. 

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sábado, 28 de abril de 2012

As Brumas de Avalon: A Senhora do Lago



"Morgana fala:


(...) O que os sacerdotes não sabem, com o seu Deus Uno e sua Verdade Única, é que não existe história totalmente verdadeira. A verdade tem muitas faces e assemelha-se à velha estrada que conduz a Avalon; o lugar para onde o caminho nos levará depende da nossa própria vontade e de nossos pensamentos, e talvez, no fim, cheguemos ou à sagrada ilha da eternidade, ou aos padres, com seus sinos, sua morte, seu Satã e o inferno e danação... Mas talvez eu seja injusta com eles. Até mesmo a Senhora do Lago, que odiava a batina do padre tanto quanto teria odiado a serpente venenosa, e com boas razões, censurou-me certa vez por falar mal do deus deles.

Todos os deuses são um só Deus, disse ela, então, como já dissera muitas vezes antes, e como eu repeti para minhas noviças inúmeras vezes, e como toda sacerdotisa, depois de mim, há de dizer novamente, "e todas as deusas são uma só Deusa, e há apenas um iniciador. E a cada homem a sua verdade, e Deus com ela." 

Assim, talvez a verdade se situe em algum ponto entre o caminho para Glastonbury, a ilha dos padres, e o caminho de Avalon, perdido para sempre nas brumas do mar do Verão.  

Mas esta é a minha verdade; eu, que sou Morgana, conto-vos estas coisas, Morgana, que em tempos mais recentes foi chamada Morgana, a Fada."


(Trecho do prólogo do 1º livro, "A Senhora do Lago", de Marion Zimmer Bradley)


A série é cheia de personagens extremamente marcantes. A minha preferida certamente é Morgana. Com todas as suas nuances, da inocência perdida e reencontrada ?à fúria, ela é profundamente humana e deusa de3 uma só vez.
Aconselho muito, muito, muito!
Inclusive, existe um trecho do texto em que é descrita a situação precária de Morgana durante sua difícil gravidez que eu desenhei, um esboço apenas, mas não resisti! É o último deste post aqui.

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quarta-feira, 14 de março de 2012

A Hospedeira - Stephenie Meyer


Por mais que reste a sensação de que o livro poderia ter acabado umas poucas páginas antes, por outro lado, os personagens são tão cativantes que dá vontade de começar um "livro n° 2" de imediato.
Já estou morrendo de saudades de vários deles, com suas características tão próprias e tão apaixonantes. Quero a Peg de volta! E o Ian, tão cativante que é. Jeb, Jamie, Doc em sua delicadeza de ser, e a própria Mel que se fez surpreendente também.

Notei uma evolução na maneira que a Stephenie escreve. Pelo menos na minha opinião, ela está ainda melhor em caracterizações de personagens e estados de espírito. Em mostrar como as coisas são vistas e sentidas por cada um.
Sem falar que uma característica que me parece muito relevante na maneira como ela escreve - os pensamentos ativos e audíveis dos personagens principais - encontrou seu grande lugar de ser nesta mente compartilhada! Ficarei feliz se fizerem um filme a partir do livro e ficarei especialmente feliz se estes pensamentos e diálogos forem realmente representados (o q quase não aconteceu na Saga Crepúsculo para o cinema por não ser tão simples de encaixar).
Bom, que venham todos os personagens em suas melhores versões, eu os aguardo!
Mais informações aqui: http://www.ahospedeira.com.br/

sábado, 28 de janeiro de 2012

O Diário de Suzana para Nicolas


(...) Hoje aconteceu uma coisa no hospital que me fez pensar no seu parto.
Uma mulher de 41 anos de Nova York estava passando as férias aqui e teve de ser levada às pressas para o hospital. Estava no sétimo mês de gravidez e nada bem. Ela teve hemorragia. Foi uma correria na emergência. A mulher acabou perdendo o bebê, foi terrível, e eu precisei tentar consolá-la.
Você deve estar se perguntando por que estou escrevendo sobre isso. Eu mesma pensei duas vezes antes de lhe contar essa história triste.
Mas ela fez com que eu me desse conta, mais do que nunca, de quanto somos vulneráveis, de como viver pode ser igual a andar na corda bamba: um  passo em falso e cimos. O simples fato de ver aquela pobre mulher hoje e de me lembrar de quanto temos sorte me deixou sem ar.
Ah, Nicky, às vezes eu gostaria de poder guardar você em um lugar seguro, como uma relíquia preciosa. Mas o que é a vida se não a vivermos? Acho que sei bem disso.
Lembro-me de um ditado que minha avó costumava usar: um hoje vale dois amanhãs.
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Trecho do livro de James Patterson (págs. 142-143, edição de 2011 da Editora Arqueiro).

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Esse livro é simplesmente encantador e me fez chorar em pleno ônibus - indo para o trabalho - com seu final marcante. Mas é na verdade uma leitura muito doce e leve, super aconselho! 
Os personagens são bastante carismáticos e humanos. É quase como conversar com uma amiga de longa data.
E de uma maneira bastante incomum, é um livro que tem muitas áreas de respiração. Espaços em branco que permitem, pelo menos para mim, interiorizar o que foi lido e tornam o ato de ler ainda mais agradável.
Me lembra o livro A Menina que Roubava Livros (de Markus Zusak, edição de 2007) que tem também uma maneira de dispôr visualmente as palavras que me agrada profundamente. 

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Sério que a última vez que eu postei foi em 19 de dezembro de 2011? Nossa, como passou rápido! rs

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Somos tão jovens


De todas as coisas que somos obrigados a nos acostumar na vida, acho que a pior de todas é a pressão. Pressão social, pressão do chefe, dos professores, da família. A vida já é rápida por si só, e se sentir pressionado só faz com que os dias pareçam mais curtos.
Eu mudei de projeto acadêmico (e até agora estou gostando bastante!), sigo sem saber se quero exercer ou não a profissão depois de defender o doutorado, emagreci 20 quilos, mudei o cabelo de novo, estou mudando de endereço. Embora a vida mude a todo instante – nos obrigando a mudar com ela – mudar por vontade própria é sempre muito difícil, às vezes doloroso.
Sair de um namoro que não te faz bem mas com o qual já se acostumou, sair de um emprego que não te agrada mas que paga suas contas, mudar de curso na faculdade mesmo já tendo se dedicado tanto, abrir mão da liberdade para ter um filho… nada disso é fácil. A vida adulta não é fácil; existir nesse mundo não é nada fácil. Lidar com as cobranças é pior ainda.
Mas triste, de verdade, é sentar na calçada e esperar a vida passar. Muitas vezes só precisamos que alguém se sente ali conosco, coloque a mão no nosso ombro e nos diga que somos capazes. Depois disso, levantar e caminhar já é o bastante.
Não foi tempo perdido.

Por Thaina, dona do blog Get The Look
Simplesmente tem tudo a ver com a fase que venho atravessando.
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