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terça-feira, 4 de outubro de 2011

Cadernos Artesanais - parte 1

A alguns anos atrás fui apresentada a um caderno artesanal e me apaixonei profundamente!
Por conta de uma apresentação de ballet não pude comparecer ao workshop em que ensinariam a produzi-lo, mas como conhecia pessoas que participariam passei as semanas seguintes parando cada um nos corredores do Instituto de Artes (na UnB) para me mostrarem o que sabiam fazer.

Pega uma informação daqui, uma dica dali, uma opção de método acolá... e no fim completei meu primeiro diário gráfico! Foi uma emoção, uma realização tão grande para mim que mal podia me conter.

Foi no período em que aprendi a fazer gravura (calco e linóleo) e estava também tão feliz com esse aprendizado que juntei os dois: um caderno com gravura na capa. :D

De lá para cá nunca parei de produzir e de me reapaixonar pelo processo. Aprendi outro tipo de costura, fiz testes diversos de materiais pra encapar e de maneiras de faze-lo, entre tantas outras descobertas.

A poucas semanas tive um prazer que ainda não conhecia: ensinar alguém passo a passo como fazer um e acompanhar o encantamento surgir em outros olhos! Criei meu próprio monstrinho! rs A Samantha agora é uma fissurada em cadernos também e eu fiquei muito feliz com isso. Soube, inclusive que ela já está até vendendo. :)

Então, sem mais delongas:








Depois vou fazer um post detalhando a produção (com fotos) do Book of Secrets e mostrando alguns dos trabalhos que fiz dentro dele. Ele ainda é meu caderno preferido por motivos diversos mas esta, é conversa para outro dia!

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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Naturalis Historia


LIVRO XII. A HISTÓRIA NATURAL DAS ÁRVORES


CAP. 1. -- O LUGAR DE HONRA OCUPADO PELAS ÁRVORES NO SISTEMA DA NATUREZA

Assim é, pois, a história, de acordo com as várias espécies e suas conformidades peculiares, de todos os animais dentro do compasso de nosso conhecimento. Nos resta agora falar das produções vegetais da terra, as quais estão igualmente distantes de estarem destituidas de um espírito vital (por que, de fato, nada pode viver sem elas), para que possamos proceder na descrição dos minerais extraídos dela, e dessa forma nenhum dos trabalhos da natureza podem ser ultrapassados em silêncio. Por muito tempo, de fato, ficaram estas últimas riquezas suas seladas dentro do solo, as árvores e as florestas sendo consideradas os mais valiosos benefícios conferidos pela Natureza à humanidade. Foi da floresta que o homem tirou o seu primeiro alimento, com as folhas das árvores foi sua caverna feita mais habitável, e com as suas cáscaras foi suprida a sua vestimenta; até mesmo neste vero dia, existem nações que vivem em circunstâncias similares a estas. Mais e mais ainda, portanto, precisamos ser atingidos por maravilhamento e admiração, que de um estado primitivo tal como este, nós estarmos agora cravando as montanhas pelos seus mármores, visitando os Seres a fim de obter nossas vestimentas, buscando a pérola nas profundezas do Mar Vermelho, e a esmeralda nas entranhas da própria terra. Para o nosso adorno com essas pedras preciosas é que inventamos aquelas chagas que fazemos em nossas orelhas; pois, afinal, foi considerado insuficiente carregá-las em nossas mãos, em nossos pescoços, e em nossos cabelos, a menos que as inseríssemos também em nossa própria carne. Será somente apropriado, então, seguir a ordem das invenções humanas, e falar dessas árvores antes de tratar [p. 3102] de outros assuntos; desta forma pederemos nós fazer um traçado às suas verdadeiras origens e maneiras de uso até o dia presente.

 

Este texto está baseado no seguinte livro (que é uma tradução inicialmente do latim ao inglês):

Naturalis Historia. Pliny the Elder. John Bostock, M.D., F.R.S. H.T. Riley, Esq., B.A. Londres. Taylor and Francis, Red Lion Court, Fleet Street. 1855.



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Recentemente fui apresentada a um texto retirado d'A História Natural de Plínio, o Velho e durante pesquisas sobre sua biografia me encantei com este trecho! Principalmente a frase que sublinhei já que demonstra desde a antiguidade a visão sobre as modificações corporais se edificando na sociedade.
Não creio que Plínio fosse de todo a favor da inserção dos objetos em nossa própria carne - usando mais ou menos a expressão dele - mas a citação a essa prática com essas palavras me foi super interessante.

Para quem quiser conhecer um pouco mais da estrutura dos livros que compõe essa enciclopédia de Plínio, a fonte do recorte que apresentei é aqui.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Brasilia Timelapse Ponte JK e Congresso Nacional - Sang Min

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 Conheci o Sang Min William Bae no Instituto de artes da UnB e ele é uma pessoa maravilhosa. 
Além disso tem feito trabalhos cada vez melhores em fotografia e produção de vídeo.

Quando assisti a esse timelapse produziu fiquei tão apaixonada que não pude deixar de compartilhar!
A grande verdade é que tenho parado de apreciar a beleza dos caminhos por onde passo e esse vídeo me fez olhar com olhos de encantamento novamente.

Quem quiser conhecer mais do trabalho dele pode visitar o canal no YouTube thesecretof que tem várias outras coisas legais!
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segunda-feira, 13 de junho de 2011

quinta-feira, 2 de junho de 2011

"Portugal convida, mas Brasília não entra em Cena!"

Espetáculo candango cancela apresentação em Mostra de Teatro
 
Hoje acordei com uma péssima sensação: vergonha... derrota... baixa estima... Com mais de 25 anos de produção cultural nas costas, 30 anos de jornalismo, não consigo entender como este tipo de coisa acontece em nosso “País de Todos!”
Precisamente hoje, 29 de maio de 2011, eu, meus colegas de elenco, diretor e técnicos do espetáculo teatral UMA ÚLTIMA CENA PARA LORCA, deveríamos estar embarcando num vôo Brasília/Lisboa para uma apresentação no dia 4 de junho, na 12ª Mostra Internacional de Teatro de Santo André, em Portugal.
O convite chegou por e-mail há pouco mais de um mês e deixou a todos orgulhosos. Afinal, UMA ÚLTIMA CENA PARA LORCA, texto de Roberto Gerin, direção de André Amaro, com um elenco reunindo três gerações de atores alunos da primeira faculdade de Artes Cênicas de nosso país, a Faculdade de Artes Dulcina de Moraes, instalada na Capital Federal há 30 anos, era o único espetáculo brasileiro a participar de uma das mais importantes Mostras de Teatro da Europa. Autor, diretor, elenco, produção. Todos de Brasília. Esta nossa cidade que só chega às manchetes dos jornais espontaneamente quando o assunto é corrupção, falcatruas, jogos de interesse e poder.  Uma cidade que, aos 51 anos, tem várias gerações de pessoas do bem que todos os dias se sentem atacadas, agredidas mesmo, quando estão em outras cidades e são “acusadas” de participar dessas “coisas feias” escritas, estampadas, digitalizadas nos veículos de comunicação.
Nós de UMA ÚLTIMA CENA PARA LORCA, a exemplo de tantos outros artistas de Brasília, consagrados ou não pela mídia, construímos dia a dia, com o maior carinho e muito trabalho, a história cultural da Capital Federal. E, com muito pouco ou quase nada de ajuda financeira para nossos projetos, os artistas que permanecem em Brasília, por opção, ideologia ou seja lá qual o motivo, não são levados a sério pelas autoridades ditas culturais. Mas vejam bem: se vive de arte em Brasília! Atenção!! Muitos vivem de arte em Brasília. A população reconhece e comparece  às casas de espetáculos, bares, restaurantes onde a arte é contada e cantada nas quadras, não em esquinas como as do eixo cultural do país: Rio e São Paulo.
Mas por que autoridades culturais de fora, tal qual a população que nos prestigia, acreditam em nós? Foi assim que o Sr. Mário Primo, diretor da 12ª Mostra Internacional de Teatro de Santo André, nos convidou com hospedagem, alimentação, transporte entre Lisboa e Santo André e uma ajuda de custo de 1500 euros, para a apresentação de UMA ÚLTIMA CENA PARA LORCA, no próximo dia 4 de junho, produzida pela AJAGATO – Associação Juvenil Amigos do GATO (Grupo Amador de Teatro de Santo André). Ficou para o Brasil dar de contrapartida 12 passagens aéreas Brasília/Lisboa/Brasília. Total deste custo? US$ 13 mil, ou aproximadamente R$ 18 mil.
Pouco ou quase nada para representar, ou fazer bonito, por Brasília e pelo Brasil, na Europa. Mostrar aos nossos colonizadores que fizemos e fazemos história. Mas não deu... Não adiantou corrermos, mostrarmos um projeto explicando que todos os dias decola de Brasília para Lisboa um vôo da TAP, quase sempre lotado, da mesma maneira que chega a nossa cidade um vôo da empresa vindo de Lisboa, também lotado de portugueses e europeus que vêm conhecer nossa cidade e nosso País. Seria uma ótima oportunidade, há pouco mais de dois anos da tão alardeada Copa do Mundo, de apresentarmos nossas credenciais culturais e turísticas aos europeus.
Mas não dava tempo da burocracia desenrolar o processo de licitação para as passagens aéreas. O Governo do Distrito Federal não tinha verba. Só depois de 1º de julho. Pelo menos foi a informação que obtivemos das Secretarias de Estado de Cultura e Turismo do Distrito Federal.
O mesmo aconteceu com as autoridades culturais federais. O Ministério da Cultura fechou as portas para qualquer possibilidade porque o programa de ajuda cultural com passagens aéreas para o exterior foi suspenso e a Funarte não tem nenhuma rubrica orçamentária capaz de encaixar um espetáculo de sucesso de público e crítica que iria representar a cultura do país no exterior.
Não dá pra entender...Eu juro que tento, mas não consigo. Quase dez anos à frente de Cadernos de Cultura do Jornal de Brasília, Correio Braziliense e Tribuna da Imprensa; de cinco anos no telejornalismo da Rede Manchete; dois anos no canal da NET no Vale do Paraíba, e outros tantos em Blogs e assessorias de Imprensa, inclusive de órgãos extintos como o INACEN – Instituto Nacional de Artes Cênicas, não me fazem entender porque este tipo de coisa acontece.
Porque pessoas como a grande atriz Dulcina de Moraes que deu a vida pelo Teatro, trocou o auge de sua carreira no Rio de Janeiro, para instalar na Capital Federal  a primeira Faculdade de Artes Cênicas do País, morrem à míngua e o investimento de toda uma vida está fadado a desaparecer? Um patrimônio da cultura nacional morre e é esquecido... As novas gerações não têm idéia de quem foi esta mulher. O que ela representou numa época em que TV, internet, twiters, redes sociais não existiam! Ficou conhecida de ponta a ponta deste imenso Brasil, sem a ajuda da mídia. Andando, mambembando, com a Companhia Dulcina-Odilon. E não foi só aqui. Em Portugal, já que o tema de hoje é este, ela era adorada e muitíssimo conhecida. Fazia temporadas com seus próprios recursos. Afinal o teatro era a grande diversão: processo de arte artesanal que jamais será substituído por nenhum outro.
O cinema? Já pode ser visto em casa em grandes telas de alta definição, em 3D, no escurinho, som digital, pipoca, combos, etc e com a vantagem de se poder dar aquela paradinha (stop ou pause) para ir ao banheiro, sem perder um minuto da “fita”.
Os shows? Cada vez mais grandiosos, super, hiper, megas... Está ficando melhor assistir no DVD com o som do Home Theater do que ao lado de 10 mil pessoas twitando, fotografando e gravando nos celulares os ídolos minúsculos nos imensos palcos que só são vistos a olhos nus nos telões. E fica sempre uma pergunta: será que eles cantam mesmo ou é play back?
O teatro não! É preciso sentar. Ter disposição... Se envolver...Desligar o celular...Parar... Ver...Sentir... Emocionar...
Por mais que ninguém se importe com esta nossa Arte, ela vive e sobreviverá. Pois não existe nada que possa substituir algo tão quente num mundo tão dominado pelos meios eletrônicos tão frios.
Algumas pessoas já estão incomodadas com as distâncias e os avatares criados diariamente para se relacionarem. De repente, a emoção voltará a dominar o mundo. E aí, sim, as autoridades ditas culturais talvez voltem a se importar com projetos culturais ditos pequenos e sem acesso às políticas de nosso “País de Todos!”.
Neste dia, vou dormir menos envergonhada ao desligar o telefone e saber que cancelamos uma apresentação de um espetáculo, com a divulgação feita e paga por um País que acaba de ser socorrido pela Comunidade Européia, por estar quebrado economicamente. Mas que honrou o compromisso de hospedagem, alimentação e ajuda de custo a um grupo convidado, que, por sua vez não pode fazer o mesmo com o público que iria assisti-lo.
Uma pena. Realmente uma pena. Só nos resta, humildemente, pedir desculpas aos portugueses por este papelão.
Sheila Aragão
Jornalista DRT/DF 666/81
Artista DRT/DF 284/86
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Não se pode negar a tristeza e a vergonha de que somos acometidos com algo assim. 
Senti a necessidade de compartilhar este desabafo, assim como compartilharam comigo pela lista de email do CAVIS (Centro Acadêmico de Artes Visuais da UnB).
E a falta de interesse não se extende apenas ao teatro. A dança, as artes visuais, a música... Quem destas áreas consegue algo é sem dúvida com muito suor, sofrimento e correria (ou um belo Q. I. - quem indica) para atrair o apoio governamental. 
Boa sorte para nós corajosos que decidimos nos aventurar por esses caminhos!
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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Jacob Levy Moreno


§ 

"Um encontro de dois: olhos nos olhos, face a face. 

E quando estiveres perto, arrancar-te-ei os olhos e colocá-los-ei no lugar dos meus;

E arrancarei meus olhos para colocá-los no lugar dos teus;

Então ver-te-ei com os teus olhos e tu ver-me-ás com os meus."


J.L.Moreno sobre o Psicodrama.

§

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Imaginarium - Nightwish, entrevista com Tuomas


          Com o meu retorno a universidade, estou fazendo a disciplina Projeto Interdisciplinar e tendo que lidar de maneira distanciada e teorizante com o meu próprio trabalho artístico. É um caminho tortuoso de busca da auto-confiança para falar sobre aquilo que te toca, justificando academicamente suas escolhas. Por isso, tenho buscado referências para entender melhor os processos criativos e os desafios que o englobam. 

          O fato é, sou muito fã da banda Nightwish a uns 8 anos e tenho acompanhado, sempre que consigo, os diários e entrevistas sobre o novo projeto duplo deles, Imaginarium (cd e filme). 

          Visitando o site oficial hoje, tive a oportunidade de encontrar esta entrevista com Tuomas Holopainen, tecladista e principal compositor da banda. Ela é bastante interessante pelas informações que contém sobre o projeto e, para mim, especialmente válida pelos comentários sobre a trajetória de desenvolvimento da idéia que o originou.

          É um tanto extensa mas creio que vale a leitura:
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Imaginarium - Entrevistas
23.02.2011


"Tuomas, você é um louco varrido mas a idéia é incrível!"
Tuomas Holopainen revela do que se trata o conceito de Imaginarium

Trancados em estúdio na melhor parte desta primavera, o Nightwish não apenas está dando os toques finais no seu novo disco, Imaginarium, mas também está planejando um filme de mesmo nome. Se tudo correr conforme o esperado, o disco está marcado para ser lançado no início de 2012, seguido pelo filme após um período a ser definido. O primeiro single do novo disco bem como o trailer do filme devem aparecer bem antes do final de 2011.

Para o filme, O Nightwish se juntou com Stober Harju e sua equipe de produção, bem como a Solar Films.

Como você chegou no conceito de Imaginarium?

- Após completar o último álbum, eu me dei conta de que nós não podemos necessariamente ultrapassar Dark Passion Play em termos de grandiosidade e dinâmica. Em algum momento eu tive uma revelação: existe algum motivo pelo qual o Nightwish deva ser apenas uma experiência auditiva? Porque não poderíamos ampliar nossos horizontes? Eu tive a idéia de um disco conceitual, e pensei que nós poderíamos filmar um vídeo para cada música, que se uniriam para compor uma estória. Eu queria criar algo diferente, por exemplo, comparando com os projetos cinematográficos de Pink Floyd, Kiss, Lordi etc.

O projeto começou há dois anos e meio, no início do outuno de 2008.

- Eu havia encontrado o diretor Stobe Harju durante a produção do video de 'The Islander', e sabia que nós tínhamos a mesma maneira de pensar quando se trata de coisas loucas e fantasiosas. Contei a ele sobre minha idéia e ele respondeu imediatamente: "Tuomas, você é um louco varrido, mas a idéia é incrível -- Vamos começar já a pré-produção!"

- Então basicamente eu criei o conceito: Eu tive uma visão de que havíamos gravado 13 vídeos musicais que se uniriam. Então Stobe sugeriu que tivéssemos diálogos também, porém eu havia pensado que apenas música e imagens contariam a estória. Stobe garantiu, porém, que música, imagens e diálogos nos assegurariam os melhores resultados, e agora que vejo o script, eu me dei conta de que ele estava certo. A pré-produção ocorreu maravilhosamente bem, pois todas as minhas idéias principais, como a volta na montanha russa em uma das músicas, fecharam com a estória de Stobe perfeitamente. Basicamente eu dei a Stobe 13 pérolas e ele produziu um colar com essas pérolas.

O script final ainda está sendo escrito, porém o que você pode revelar do enredo por enquanto?

- Um velho compositor no seu leito de morte retorna a sua infância. Antigas memórias voltam lentamente, misturadas com o pequeno mundo de fantasia e música de um garotinho. Este é o conceito geral que podemos revelar no momento. Quero passar uma mensagem positiva e uma sensação de carpe diem. O filme é sobre a alegria de se estar vivo e a beleza do mundo.

O primeiro poster do filme dá uma primeira impressão das imagens do filme. O que mais você pode compartilhar conosco nesse momento?

- Nós estamos visualizando algo como um ponto comum entre os mundos surreais de Tim Burton, Neil Gaiman e Salvador Dali, mas não queremos tornar o filme extremamente artístico. É claro que eu assisti uma grande pilha de referências, e tudo me parece ótimo.

Vocês já fizeram a seleção do elenco? Podemos esperar algum membro da banda no filme?

- Estamos apenas começando a seleção, mas ela será feita principalmente pelo Stobe e pela Solar Films. Pessoalmente, eu gostaria de ver atores desconhecidos. Obviamente seria bom se eles fossem falantes nativos de Inglês, pois inglês não fluente definitivamente não fecha com a proposta do filme.

- O Nightwish aparece basicamente como ele mesmo, e provavelmente seremos vistos tocando duas ou três músicas no filme. Existem algumas partes secundárias e diálogos escritos para nós, mas você certamente não nos verá como protagonistas. O tempo do filme será de aproximadamente 80 minutos, talvez até um pouco mais.

Tem sido desafiador conseguir financiamento para o filme?

- "Desafiador" é uma palavra muito suave. Você tem que lembrar que um filme como este custa bastante. Mas mesmo assim, eu nunca estive disposto a desistir, pois a idéia de lançar apenas um disco de estúdio seria decepcionante. A banda está fortemente envolvida na produção, e, portanto nós estamos correndo um alto risco financeiro nós mesmos. É óbviamente ótimo que nós conseguimos uma grande empresa como a Solar Films como parceira.

- Deixando a conversa sobre o filme de lado, é de fundamental importância lembrar que Imaginarium é também o novo disco do Nightwish, um trabalho musical isolado. O que pode ser interessante para os ouvintes é que a música do disco e do filme terá certa diferença - No filme, algumas introduções são cortadas, alguns refrões não tem voz e assim por diante. No filme, a música obviamente tem que se acomodar a estória.

Que tipo de papel as letras das músicas tem no filme?

- Foi interessante escrever as letras, pois elas tem que funcionar sozinhas sem o filme. É por isso que você não vai ouvir os nomes dos personagens nas letras, por exemplo. Os temas individuais são bastante universais, mas ainda assim fecham um com o outro sem contar uma estória linear. Mas não se preocupe, tudo será esclarecido ao seu tempo.

Como você pretende lançar estas coisas?

- Se tudo correr conforme o planejado queremos lançar o disco no início de 2012, com o filme sendo lançado quando ficar pronto. Será lançado pelo menos em DVD, mas temos esperanças de que ocorra também um lançamento no cinema. E é claro, o filme junto com o disco estarão disponíveis futuramente numa versão especial dupla.

Se Dark Passion Play foi o final de um caminho, que diabos você pode fazer após Imaginarium?

- Acho que teremos que incorporar cheiros e outras sensações....

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Fonte: http://www.nightwish.com/pt/imaginarium/interviews/1 
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terça-feira, 22 de março de 2011

Louise Bourgeois . 2

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"I need my memories. They are my documents. I keep watch over them. 
They are my privacy and I am jealous of them. 

Cézanne said: 'I am jealous of my little sensatons'. 

To reminisce woolgather is negative. 
You have to differentiate between memories. 

Are you going to them or are they coming to you here? 
If you are going to them you are waisting your time. 
Nostalgia is not productive. 

If they come to you, they are the seeds for sculpture."

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Obs: Esta formatação do texto é minha, não é a original.

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segunda-feira, 14 de março de 2011

Louise Bourgeois .1

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"A work of art does not need an explanation. The work has to speak for itself.
The work may be subject to many interpretations, but only one was in the mind of the artist.
Some artists say to make the work readable for the public is the artist's responsability, but I don't agree with that. The only responsability is to be truthful to the self.
My works disturbs people and nobody wants to me disturbed. They are not fully aware of the effect my work has on them, but they know it is disturbing."

(1979)

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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Névoa (Mist) - 1ª parte

Desenvolvi o ensaio chamado "Névoa" ("Mist", em inglês) durante uma disciplina chamada Desenho 3, no Instituto de Artes (IdA) da Universidade de Brasília (UnB).

Comecei desenhando com nanquim, pois a proposta era usar materiais sobre os quais não tinhamos domínio/costume e, seguindo a orientação do professor, fui desenvolvendo meu raciocínio e buscando minha linguagem. Optei por este mateial porque ele "não tem volta", não se apaga nanquim para acertar um desenho. E eu estava tão obsecada por corrigir meus trabalhos que eu estava travada, sem criatividade ou liberdade para desenhar.

Paralelamente, naquele período eu já estava lidando com fotografia e tinha me sentido muito bem, muito a vontade com a técnica. Então, no fim, acabei chegando à fotografia como realização do meu pensamento e expressão em desenho.

Fui elogiada e criticada na época por motivos diversos. Mas, o que me importa é que foi realmente um ótimo exercício, e me rendeu um novo olhar sobre o meu próprio trabalho.

Na loja Tarnelia's Dreams estão disponíveis 6 fotografias dessa série que é composta, na verdade, de 17.

Mas antes de mostrar os outros componentes desse trabalho, quero mostrar alguns desenhos que foram percurso para esse resultado:

 A Winter Poem
My Destiny
Burlesque 1
Burlesque 2
Burlesque 3

- Existem vários (muitos mesmo) outros desenhos. E alguns que eu gostaria muito de colocar para ilustrar o percurso, ainda não foram escaneados. -

Iniciei meus estudos unindo o desenho à música, pois esta colabora ativamente no meu processo criativo, e porque as palavras tem tido muita importância e muito efeito visual para mim. Quero que elas estejam presentes sempre que possível.

E nesse percurso descobri também o quanto a veladura, as transparências, são interessantes para mim. Completam e dão voz ao meu trabalho.

E tudo isso está em Névoa. E muito mais também está.

Pretendia falar mais sobre isso, mas acho que chegou a hora de mostrar e permitir conclusões externas. O diálogo aberto tem me mostrado várias faces interessantíssimas as quais eu não consigo chegar sozinha, apesar de desejar isso as vezes.


P.s: As imagens aumentam se clicadas.

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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Bachianas nº5 - Ária (Cantilena) e Dança (Martelo) de Villa-Lobos

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Ária (Cantilena)
(Letra de Ruth Valadares Corrêa)



Tarde uma nuvem rósea lenta e transparente.
Sobre o espaço, sonhadora e bela!
Surge no infinito a lua docemente,
Enfeitando a tarde, qual meiga donzela
Que se apresta e a linda sonhadoramente,
Em anseios d'alma para ficar bela
Grita ao céu e a terra toda a Natureza!
Cala a passarada aos seus tristes queixumes
E reflete o mar toda a Sua riqueza...
Suave a luz da lua desperta agora
A cruel saudade que ri e chora!
Tarde uma nuvem rósea lenta e transparente
Sobre o espaço, sonhadora e bela!

Fontes:  - Video: LinnieK9
- Letra:  Terra Letras

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Dança (Martelo) - Allegretto
(Letra de Manoel Bandeira)

terça-feira, 14 de julho de 2009

Ensaio "Grafitti+Tanúria"

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Modelo: Tanúria Rabello (Albus Noir - http://devaneiosaesmo.blogspot.com/), 25/05/09 em frente ao Instituto de Artes da UnB. Espartilho feito por Madame Rouse (http://www.rousecorsets.com/).
Depois de posar pra esta minha grande amiga algumas vezes, tive a oportunidade de fotografá-la. E foi realmente algo muito bom!



A dois anos e meio eu observava a Tanis. Com o tempo me acostumei a seus traços, suas formas, suas cores. A sua presença tão amigável e marcante, que já me é inesquecível.
 

Espero poder fotografá-la novamente. Sempre que possível! Te gosto muito senhorita Albus Noir! 


 Aproveitei a recente "personalização" do Instituto de Artes pra fotografar. Observei a produção desses grafittis de perto. Tive grande vontade de fazer uma pintura nas paredes do IdA também, naquele momento. Mas agora sinto que, de certa forma, com este ensaio eu já registrei meu olhar sobre este lugar que tem feito de mim uma pessoa melhor, mesmo a trancos e barrancos. E isso me faz feliz, me completa. 
Obrigada Tanúria. Você tem participado dessa minha evolução. E um obrigada também ao Fernando Ribeiro (Fernando Ribeiro), que contribuiu muito ao desenvolvimento do meu olhar e paixão para a fotografia ao longo deste 1º semestre de 2009.
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