quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Meu Ser Obscuro

De acordo com as manifestações do meu subconsciente Meu lado negro se manifesta........ Toda a escuridão que o brilho dos meus olhos busca ofuscar Tem seus momentos de liberdade e afeição Versatilidade Stress Angústia infundada (ou não) Fazem parte de um único corpo mental. Sagrado momento de buscar De pensar em caminhos Ou de desejar o nada.......... Todos os dez estados de vida Em guerrilha eterna por manifestação superior a seus companheiros Toda a imagem conturbada e distorcida Por um excessivo desmanche de lágrimas muitas vezes inútil Geralmente inútil, Mas ainda assim repetitivo............ Retirar das profundezas de si o que há de luminoso ou permitir a manifestação oposta?? Incentivos para o bem não me faltam, Covardia e irresponsabilidade para optar pela pior escolha também não. Ser rigorosa comigo mesma é o mínimo...... o mínimo que eu posso e devo fazer para não perder o amor próprio e me enterrar em uma caixa de sapatos sob a terra do meu próprio quintal. É impressionante quanta indignação é possível obter de si mesma com a sinceridade. Indignação pelo que foi feito ou pelo que deixou-se de fazer........... Principalmente a segunda opção. Pelo menos eu reconheço Que a possibilidade, dever, e boa sorte de mudar Está guardada a sete chaves Dentro do meu próprio coração E isso é sempre confortante..........

2 comentários:

TMR disse...

Li o post e só consegui lembrar disso aqui (é meio grandinho, mas é bom):

"Toda pessoa deve ter três caixas para guardar humor: uma caixa grande para humor mais ou menos barato que a gente gasta na rua com os outros; uma caixa média para o humor que a gente precisa ter quando está sozinho, para perdoares a ti mesma, para rires de ti mesma; por fim, uma caixinha preciosa, muito escondida, para as grandes ocasiões. Chamo de grandes ocasiões os momentos perigosos em que estamos cheios de dor ou de vaidade, em que sofremos a tentação de achar que fracassamos ou triunfamos, em que nos sentimos umas drogas ou muito bacanas. Cuidado, Maria, com as grandes ocasiões.

Por fim, mais uma palavra de bolso: às vezes uma pessoa se abandona de tal forma ao sofrimento, com uma tal complacência, que tem medo de não poder sair de lá. A dor também tem o seu feitiço, e este se vira contra o enfeitiçado. Por isso Alice, depois de ter chorado um lago, pensava: “Agora serei castigada, afogando-me em minhas próprias lágrimas”.

Conclusão: a própria dor deve ter sua medida: É feio, é imodesto, é vão, é perigoso ultrapassar a fronteira de nossa dor, Maria da Graça."
(Trecho de "Para Maria da Graça", de Paulo Mendes Campos)

Tarnélia Triptus disse...

obrigadinha tan, amei o texto!! tem muito de verdade nele.... bjoks e obrigada :)