quarta-feira, 25 de maio de 2011

Época estranha


Época estranha…
Quero coisas que não preciso,
Preciso de coisas que não quero.
Minhas considerações estão todas impregnadas duma doce confusão de espírito…
Como se meu cérebro não soubesse o que fazer,
Como se meu corpo não sentisse o que sentir!
Vaga em mim uma metafísica blindada e inútil,
Ergue-se em mim uma estória mau contada,
Jorra de mim o inexplicável e desconhecido jeito de perceber tudo como percebo.
É a constatação violenta das perguntas sem respostas,
Das buscas sem critério,
Das intenções sem objeto,
Das disputas sem prêmio.
A morte e a vida parecem ser a mesma coisa!
Meu sangue transporta uma dor que é só minha, sempre.



Por Hélio Luz. Para conhecer mais visitem o blog Incendiário do Descontentamento.
Conheço o Hélio a algum tempo, fizemos matérias juntos na UnB. 
É uma pessoa de presença muito intensa, difícil de estar perto as vezes - sempre temos conversas existencialistas pesadas, não conseguimos não te-las - mas sempre gosto das trocas de idéias com ele. Não consigo não gostar, por mais afetada que eu fique. 
.
Este texto e algumas outras coisas postadas aqui não foram feitos por mim, mas receberam a tag Diários por muito me identificar com eles e neles.
.

Nenhum comentário: