quarta-feira, 8 de março de 2023

One More Light [vocal cover] e Gravity [freestyle dance]



Música: One More Light
Artista: Linkin Park
Álbum: One More Light
Lançamento: 2017
Cover via Starmaker app

[Postagem que fiz no meu Instagram dia 01/03/2023]
Dia 28/2/23 completou um ano do falecimento da minha avó Maria e dia 18/3/23 vai fazer um ano do falecimento da minha mãe, Terezinha.
Eu queria vir aqui pra falar somente das coisas boas, do legado de empatia, resiliência e respeito que elas deixaram. Mas a real é que nas últimas semanas o que eu tenho tido disponível são uma saudade imensa e dolorosa, e um nó na garganta que vai e volta em meio a inúmeras lágrimas.
Então eu fiz o que eu tenho feito nesse último ano e usei alguma das modalidades artísticas que eu amo pra colocar pra fora um pouco disso tudo.
O canto, a dança e o desenho não são pra mim simplesmente diversão, são meio de sobrevivência. Por um lado eu gostaria de só me divertir também, mas eu sou muito grata pela chance de poder usar essas ferramentas de qualquer forma.
Mãe, vó, amo vocês ❤️
Nesses 365, não teve um dia em que eu não me lembrasse de vcs. Só torço pra que, com o tempo, a dor diminua mais e fique só o coração quentinho pelo amor que vcs trouxeram pra minha vida. Já tá menor que no começo, mas ainda tenho bastante processo pela frente.
[Fim da postagem]

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Música: Gravity
Artista: Jongho (Ateez)
Álbum: Reborn Rich (Original Soundtrack)
Lançamento: 2023


Seguindo meu processo a esse respeito, no dia 02/03/23 eu decidi gravar uma dança freestyle usando a música Gravity porque ela mexe comigo de muitas formas. As duas únicas coisas que eu tinha certeza tecnicamente antes de começar era que eu gostaria de utilizar mais movimentos com as pernas e de fazer o movimento de "abrir de asas" no verso Deny your gravity. Pra mim, no momento, negar a gravidade é buscar liberdade pra ser eu mesma, pra ser inteira, com dores/belezas/processos e não linearidades.
Gravar freestyle foi uma sugestão do meu professor de dança e tem sido um processo de autoconhecimento também. Porque quando estou lá as coisas vem naturalmente e depois quando eu assisto é que descubro realmente o que fiz. 
Sinto um pouco de vergonha por reconhecer meu repertório de dança tão reduzido, pela baixa qualidade do vídeo, pelo espaço pequeno e um tanto inadequado em que eu tive que tomar cuidado pra não trombar no guarda-roupa nem na cama, mas esse momento foi muito importante pra mim independente de qualquer dessas coisas. 
Como falei na postagem do Insta, a música, a dança, tem sido ferramentas de sobrevivência no meu processo de existir e me reconstruir. Na minha busca de sentir a presença delas apesar da saudade, de me permitir ser inteira apesar das amarras do trauma e consequente modo de defesa.
Eu quase chorei enquanto dançava. Eu chorei bastante após terminar de dançar. Lágrimas que me lavaram por dentro do peso que eu estava sentindo naquele momento.

Consegui assistir a gravação do freestyle que fiz de Fever (Enhypen) sobre a qual falei na minha postagem de 24 de fevereiro de 2023, mas sigo não me sentindo em condições de compartilhar o vídeo. Escrever aquele texto também me lavou por dentro de uma forma que me fez sentir mais segura pra encarar aquele registro meu e a dançar diante da câmera de novo dias depois. Escrever também faz parte do meu processo de cura. Mesmo que ninguém leia, mesmo que ninguém saiba (apesar de esse blog ser de visualização pública), registrar o processo em palavras, voz e movimento já faz mágica acontecer.

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